segunda-feira, 2 de julho de 2018

Diário de bordo Belo Horizonte - 28 a 30 de Julho - Palco Giratório







Diário de Bordo 28 - 30/06 – BELO HORIZONTE – MG


Agrael de Jesus

E eu continuo comemorando meu aniversário de 60 anos. Desta vez em Belo Horizonte, madrugada do dia 28/06, viagem tranquila apesar do atraso do vôo de Porto Velho para Brasília o que acarretou a perda da conexão, mas tudo acertado com nova relocação e em fim, chegamos a Belo Horizonte que nos recebeu com um dia lindo, maravilhoso, clima agradável, temperatura amena. Irmos para o hotel deixar as malas e cenário  e almoço na casa dos primos do Chicão Santos (Lozemar, Marta, Carol e Zé Maria), Cardápio perfeito, comidinha típico e tradicional das Minas Gerais. Simplesmente agradecida à Deus por me proporcionar conhecer pessoas amáveis, que tem o desejo e o prazer do cuidar do outro. Puro coração. Marta, ser de generosidade sem limites, com seu dom da alquimia, transformar tudo em alimentos.... Mãos abençoadas. Seus licores...!!!!. Acho que engordei um pouco. A noite conhecer o Grande Teatro do Sesc Palladium e assistir ao espetáculo do Coletivo Errática/Montenegro/RS. Fantástico. Retorno para o hotel, descansar, o próximo dia promete.  Manhã do dia 29/06. Repouso no quarto do hotel, vontade de ir conhecer as "Luginhas", mas o dever nos chama. Almoço na Casa de Marta (meu Deus, meu regime vai por água abaixo) tutu a mineira, com tudo o que tem direito. Voltar pro hotel, repousar, concentração. À noite apresentação. Equipe do teatro, recepção calorosa de profissionais competentes. Acolhida maravilhosa. Isso contribuiu para uma apresentação linda, perfeita. No palco Marta, esposo, filha e genro. Perfeito. No camarim fomos avisadas que, teríamos na plateia, um grupo de teatro "Mulheres de Luta" do grupo de ocupação Maria Carolina de Jesus. Fiquei curiosa e ao mesmo tempo ansiosa. Ao final do espetáculo, em nosso bate papo habitual, convidamos as mulheres representantes para subirem ao palco e bater um papo com o público presente e conosco. Foi além da expectativa. Mulheres relatando suas vivências de derrotas e vitórias, superações, quebras de paradigmas. Isso me fortalece. Foi simplesmente lindo e emocionante. Vivencias maravilhosas e enriquecedoras. Ainda bem que a mediadora interrompeu, caso contrário,  amanheceríamos o dia conversando. Após espetáculo, mais um cuidado de "mãe Marta", agora um caldinho.  Manhã do dia 30/06, visita ao Famoso Mercado Central com seus queijos, doces de leite, ....etc...delícias da culinária mineira. Depois uma visitinha ao espaço do grupo Galpão: Galpão Cine horto, onde fomos recepcionados pelo Fábio, pessoa maravilhosa. Mais uma visita aos amigos do grupo Maria Cutia (Luisa, Leo, Mariana e sua mãe) almoço=delicioso churrasco. Aproveitei para bater aquele papo com Mariana e fortalecer mais a minha vontade de trabalhar com palhaçaria. Adquiri meu nariz do palhaço. Terminando o almoço, correr para o hotel, pegar bagagem e cenários, voar pro aeroporto. Embarque, retorno pra casa já pensando na próxima viagem.  E essa foi minha rotina em Belo Horizonte, onde conheci e reconheci pessoas fantásticas que guardarei para sempre em meu coração. Eu voltarei...

Flávia Diniz

Atraso. Ansiedade. Nervosismo. Curiosidade. Novas Amizades. Esperança. O melhor feijão de bh. Chegamos na hora do almoço. Conheci uma família pra lá de engraçada. Dona Marta tem algo em comum com minha avó: a comida e o cuidado. Fomos muito bem recebidos, aliás, o povo de bh são simpáticos à beça. Os três dias que ficamos em bh, foram os três dias de muita comilança. Dona Marta só ficava feliz depois que tod@s estavam com a barriga brilhando. Era pão de queijo com queijo, doce, goiabada. EU COMI O MELHOR FEIJÃO DE BH, O FEIJÃO DA DONA MARTA.
Me emocionei à noite, após ver uma mulher... minha ex... Ex presidenta Dilma! Quando a vi a caminho da minha direção, não estava acreditando. Fiquei nervosa e ao mesmo tempo esperançosa. Fiquei alguns minutos perto dessa grande mulher! Me deu forças! Me deu esperança! Aquela noite chorei muito. Chorei pela injustiça, chorei por todas as mulheres que são injustiçadas...
 29/06
Olhos inchados. Manhã fria. Frio na barriga. Ansiosa pela apresentação. E muito café.
Café da manhã em coletivo... ouvir o mestre deu uma aterrissada e estímulo. No almoço, Marta mais uma vez dando um show na comida, principalmente no feijão! a sobremesa com bolo, doces, goiabadas e MUITO QUEIJO! Ô delicia! Marta era a nossa bateria do dia! nos carregava de comida! os dias de bh são curtos... já estava escurecendo e eu ficando mais nervosa e ansiosa para apresentar... de pisar no palco do sesc palladium... chegou a hora de apresentar. No terceiro sinal do teatro, meu coração estava mais acelerado que Ayrton Senna. No bate-papo, conheci As Mulheres de Luta e pude conhecer um pouco do trabalho delas e das histórias. A cada depoimento daquelas mulheres, na minha cabeça vinha um recorte da imagem de Dilma.  Foi maravilhoso! Após o teatro, fomos para a casa de dona Marta. Ela havia feito uma sopa e caiu. E combinou com o clima frio de bh.
30/06 - Saudade.
Acordei muito cedo e com saudade... saudade de bh, do sotaque, queijo, das comilanças feito por dona Marta... saudade de casa.
Após o café da manhã, fomos andar por bh, conhecer mais ainda a arquitetura da cidade...  dona Marta sempre nos acompanhando. Depois fomos conhecer o Galpão Cine Horto. Maravilhoso aquele espaço! Fábio é muito carismático!
Reencontrar Mariana e Léo do grupo Maria Cutia, foi muito bom! E ser recepcionada pela a mãe de Mariana foi maravilhoso. Sempre que chegamos aos lugares, somos bem recebidos. Foi pouco tempo com elas e o horário de ir já estava chegando... e a saudade se instalando. Enfim... O povo mineiro é muito carismático, muito receptivo. Belo Horizonte.
Amanara Brandão
"O terror do sistema é a alegria dos meninos" leio numa pichação em Belo Horizonte, 30 de junho de 2018, 16:27. À caminho do aeroporto, a cabeça povoada por pensamentos revolucionários, peito sensível se enche de coragem pra seguir. Ufa!! Que passagem foi essa, Minas Gerais?!?... começou com o atraso do vôo pra sair de Porto Velho, o que nos rendeu um café da manhã na conexão em Brasília, numa mesa redonda que cabe o grupo todo, onde enquanto comíamos  (aquele café todo saudavel, por favor) conversamos sobre lembranças de infância... momento singelo e marcante nessa relação de grupo. Chegando em BH já deu pra sentir que é um lugar de gente boa demais da conta, sô! A cidade tão arborizada, a natureza ao redor se faz presente no ritmo desacelerado dessa cidade que apesar de ser capital, flui de forma tranquila e orgânica. A família do Chicão Santos que nos recebeu de forma tão carinhosa e nos alimentou fartamente, meus agradecimentos a Marta, Carol, Lozemar e Zé Maria, que me permitiram sentir em casa mesmo em terras distantes de RO. Na quinta, dia que chegamos, ainda deu tempo de conhecer o Mercado Central e suas variedades e à noite ter a surpresa de encontrar a nossa presidenta Dilma Rousseff no saguão do hotel, antes de seguir para o Sesc Palladium (uau!! Que lugar!!) e assistir o PUTO espetáculo do dia. Apesar do cansaço, fizemos questão de acompanhar a programação, o espetáculo do grupo gaúcho Ramal 340 "Sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora", que valeu demais! Uau!!! Parabéns infinitos, que trabalho... me afetou demais.
29/06, dia de apresentação... a ansiedade é o dia todo, a equipe do Sesc Palladium nos recebeu e cuidou de forma tão atenciosa... e a apresentação foi DEMAIS! Todas sintonizadas, e inspiradas para  a conversa pós espetáculo, que teve a participação especial das mulheres do grupo mineiro Mulheres de Luta, da ocupação Carolina Maria de Jesus, trazendo tanta força e verdade pra compartilhar conosco... pra mim, foi um "gás" pra seguir a todo vapor nessa circulação. Mais tarde, uma volta pra conhecer a vibe noturna da cidade, e meu deslumbramento em ver a juventude preta, me identificar e apreciar tanta beleza e empoderamento! Inspirador.
30/06 Dia de despedidas, uma volta no Mercado Central pra pegar queijo, doces e cristais de lembrança, rsrs; visita ao Galpão Cine Horto, grupo e espaço de extrema importância para o Teatro brasileiro, recebidos pelo querido Fábio. E o almoço no lar da querida Mariana e Léo, do grupo Maria Cutia. Momento lindo, nos fortalecendo no encontro. As horas passaram tão rápidas que já era hora de voltar pra PVH.

Zaine Diniz

“Oh Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais , Oh minas gerais”  assim diz a música que toquei no piano qdo adolescente. Fazia parte do meu repertório de clássicos regionais, e eu gostava muito! Agora ainda mais !  Chegar por essas bandas, pra apresentar nosso trabalho realmente me deixou muito feliz!  Avião Atrasou Mas, chegamos e foi muito especial, ser recebido por parentes queridos para um almoço típico da culinária mineira... pense num “trem” bom! O banquete preparado por Marta, expert na cozinha e na arte de receber, e de nos deixar mal acostumados com tanto carinho e comidaria delicia.  Nos acompanhou ao Mercado Central onde engordei só de ver tanta variedade de doces e queijos. Na sexta feira ainda fomos assistir um espetáculo belíssimo que está circulando como nos pelo palco giratório, porém o corpo tão cansado da viagem não me deixou aproveitar bem, a obra. Mas, foi lindo.   No sábado, a conversa com o mestre Chicão logo cedo no café da manhã, nos deu mais segurança e tranquilidade para pisar no palco do teatro Palladiun e a noite foi linda!  Teatro lindo, acústica perfeita, corpo / voz aquecidos e chegou a hora!  A energia e cumplicidade entre nós, companheiras de cena, fluiu e foi Td maravilhoso   Vontade de ficar mais no palco , e ficamos!  Após a apresentação dividimos o palco com coletivo de mulheres de uma ocupação da av Afonso Pena, que estão fazendo teatro, atuando com o grupo MULHERES DE LUTA, e que muitas delas nunca haviam sequer entrado no teatro!  Foi forte e comovente e nos enche de emoção em reafirmar que estamos no caminho que tem que ser...  falar sobre mulheres, dar a voz às mulheres através de histórias de algumas que vieram antes de nós, para que as vierem após quem sabe possam ter um futuro melhor.  E a emoção não acaba por si, na plateia uma amiga de tantos anos, Aparecida Arouca estava lá, assistindo com seu marido e seus dois lindos filhos. Trabalhamos juntas por 13 anos na escola John Kennedy em Porto Velho, ela se aposentou e foi pro ES e estava em Belo Horizonte . Foi um encontro maravilhoso !  Ganhei bombons e dei uma cachaça com jambu e doces de cupuaçu - delícias de nossa cidade. Nos abraçamos, nos emocionamos ... viva o teatro! Viva os encontros!!   No último dia, correria total, visitar o Cine Horto do grupo Galpão, depois correr para almoçar com os queridos da Cia Maria Cutia, onde fomos tão bem recebidos pelo Léo, Marian Arruda, luisa e a lindíssima mãe da Mariana que preparou um churrasco maravilhoso!  Encontros, encontros ... disso que a vida é feita!  E sobre nossa passagem por essas bandas dasMinas Gerais, tenho mais certeza que a canção está certa: ... quem te conhece, não esquece jamais! Óh Minas Gerais!!

Edmar Leite

Dia 1
Voo atrasado, espera, mente pensativa.. Chegada em Brasília tranquila, produtor desenrolou e conseguiu um voo mais cedo. Muy bueno! Café da manhã dos campeões e na faixa via Latam. Chegamos 3 horas depois do esperado, mas poderia ter sido muito mais! Voo tranquilo, nuvens de algodão! Buenas Comandante Manuel, buenas Sara! Caminho pro hotel, morros, subidas e descidas.. Centro histórico, cidade fluxo, cidade grande. Instalado. Almoço com a família do mestre, fartura, super bem recepcionado e acolhido. Conhecendo os arredores. Caça ao queijo. Preocupado. Olha só, a ex presida tava no mesmo hotel que a gente. Espetáculo começa aqui bem mais tarde, Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora.. espetáculo gigante, teatro mais ainda, história envolvente, sintonizou, feita pra muitos, atores conectados, manipulação dos objetos em harmonia, mudança de cenário de forma maestral, atuações potentes, efeitos práticos magicamente criativos, viver uma chuva e uma tempestade no deserto, que luz maravilhosa: dramática, bonita, específica, sensível, forte. Dormir..
Dia 2
Quero cafeeeeé... Dia de montagem, teatro gigante, bonito, acústico, super bem equipado, minha birra com LED se acabou e agora é só amor pelo Skypix kkkkkk Equipe massa, galera ágil e antenada, grato pela força de todos; Ruy é como eu, Ator e Iluminador massa isso; montagem ocorreu tudo bem e rápida. Mais uma parada da Dona Marta, que tão bem nos recebeu. Espetáculo foi show, as meninas não se deixaram amedrontar pelo palco gigante e cresceram ainda mais com ele. Bate papo final rendeu fiquei sabendo. Uns caldos pra fechar o dia. Uma volta, Via, Sapu e cama.
Dia 3
Dia de Barry! Correria boa, uma volta pra fechar o circuito indo na UG! Plus 01 - Uma visita rápida porém muito rica ao Galpão Cine Orto, grato pela recepção Fábio! Essa residência vai sair em breve. Grato Prof. Luiz pela ponte. Plus 02- Aproveitando as horas restantes fomos almoçar com o Grupo Maria Cutia, parceiros de longa data do Imaginário, já participaram do Amazônia Encena na Rua algumas várias vezes, o tempo foi pouco porém muito precioso. Ótima troca. Gerê tem nariz novo ihull ^^ Mais outra correria, agora via aero! Pequenas arestas ainda a ser aparadas.. BH deixa saudade, cidade bonita, de quase tempo amazônico, arborizada, organizada, transito intrigante, pessoas gentis e educadas, vontade de voltar pra residência e pra passear. Indo pra casa.
Fim da etapa 2!

Chicão Santos
“Foi bão dimais vir chacoalhando no avião esta madrugada até Brasília e depois ôceis seguiram pra BH levando a magia amazônica... Chicão Santos e Companhia vocês nos representam neste momento que só a arte pode construir consciência e reinventar a sociedade brasileira por meio da expressão cultural de seu povo...parabéns procês e vida longa ao povo que acredita na força da cultura que se reinventa todo dia na certeza de que a esperança mesmo presa, ela vence o medo...forte abraço e sucesso procês...” (Iremar Antônio Ferreira via facebook).

.As experiências vividas nos encontros e nesse grande projeto/Palco Giratório são densas / intensas. Na vida e na arte os momentos/oportunidades nos conduzem as relações no campo da humanidade, com parentes/gentis e de uma capacidade receptiva sem igual. Já no campo profissional, os profissionais de ofício do teatro a capacidade/competência de grandes seres/mulheres/homens que labutam a magia de imaginar para que tudo alcancem a plenitude da obra cênica. Os amigos/parentes o carinho e a fraternidade que envolve sentimentos e emoções. Aos meus parentes o afeto e a demonstração da mais cristalina gratidão pelo ato de receber e de ter por alguns instantes a presença/encontro, além desta camada emotiva a suavidade da presença de pessoas que amo e  gosto muito... Um momento de matar a saudade e de reaproximar carne/sangue de uma mesma construção Árvore genealógica... Salve Santa Marta, Lozemar, Zé Maria e com destaque para a jovialidade e graciosidade da menina Carol. Pensa não ter dado um abraço no Bruno (sinta-se abraçado, pois alguém tem que trabalhar na família).
Aos amigos do Colegiado/fabrica de sonhos Galpão Cine Horto, em especial ao Fábio Furtado que nos recebeu para uma breve visita pelas instalações do edifício cênico. Um momento impar da história dos dois coletivos Galpão/Oimaginário e parece que a tarde era dos chicos ou Pra Chicos... fomos escorregando e fomos parar no Maria Cutiá, com direito a “manjar dos anjos”, um almoço/churrasco feito pelo Leonardo e pela Mãe da Mariana nossa mais linda palhaça. Não tardou e nossa linda moça/palhaça já se juntou ao coletivo, acompanhada de sua fiel produtora Luísa para celebrar esse momento de encontro de imaginários/marias/cutias. O Tempo nos traiu... passou rápido demais. O gosto da cana na garganta ainda queimava entre um turbilhão de palavras emoções/sentimentos banhadas pela vontade/desejo  de ali permanecer sem ter coragem de retornar para casa. Fiquei na dívida até do UBER isso nos impõe a responsabilidade de voltar/retornar. O tempo nos açoitou. Uma escala assimétrica e de descompasso do próprio ritmo cardíaco e a respiração aumentada pela corrente de ar dos pulmões. É hora de partir do sabor do almoço e partir em direção ao hotel para o translado apressado e assustador hotel/aeroporto pela falta de tempo para chegar no embarque... confins/enfim... Tudo se consumou pelas habilidades do nosso condutor/motorista e pela escassez de carros nas vias/brs. Chegamos no aeroporto a tempo do embarque... tranquilo e como gentileza a moça/gol nos atendeu com bastante carinho e muita cordialidade que contribuiu para desacelerar minha ira espanhola que vez e outra extrapola e vem de forma desacerbada... Sangue espanhol que corre nas veias/artérias.
Somos um coletivo geracional uns de décadas passadas e outros de décadas presentes... Tentando sermos de décadas futuras. Convivência difícil geracional, falando, pois no meio de tudo um Mestre que tem/que fazer a ponte entre o passado genial das memorias/vivências/experiências e do presente impulsionadas pelos desejos/energias, mas sem os “calos” estampidos pelos anos. Com paciência seremos a geração do futuro.
A cena/espetáculo é o lugar da celebração dos artistas criadores com seu público/amigos/parentes/convidados e aí replico uma frase  ouvida no ambiente do futebol, nesta  circunstancias das nossas vidas e do próprio amadurecimento do espetáculo “primeiro conceito é erro zero”. Então voltamos  para nosso laboratório para  rever coisas e fatos e tornar tudo mais limpo. Não podemos descansar/dormir jamais. No campo da produção estamos fazendo escola ou a gente aprende ou a gente aprende. Essa é a lógica. Estamos atentos e ligados em cada detalhe. As palavras não abarcam todos os sentimentos e emoções sentidas. A alma presente de cada um coloca a gente cada vez mais no circuito, sem vacilo, sem devaneio... com toda a atenção devida. Um coletivo que almeja sonhos e voos gigantes necessita de asas firmes e abertas e bem articuladas para vencer o tempo e o vento, assim como em Fernão Capelo Gaivota do romance de Richard Bach, publicado em 1970.
O Palco Giratório é uma rede de encontros, de vivencias, de trocas e de experiências. Cada lugar é um mundo e oferece o melhor que tem... No profissional, os equipamentos e as relações as melhores. Viva essa experiência. Que orgulho fazer por duas vezes essa maravilhosa caminhada pelas cênicas do Brasil. Palco que gira. Particularmente me sinto e estou realizado por tudo o que vem acontecendo nessa imersão, nesse nosso circuito. Encontro com amigos/profissionais e colegas de ofício.
O SESC é uma organização social que funciona no Brasil. O SESC faz bem as artes e ao Brasil.
Deixei por ultimo para falar do debate pós-espetáculo As Mulheres do Aluá com o grupo/teatro de mulheres de ocupação. Que coisa extraordinária  (apesar de pouco ouvir e pouco ver – estávamos desmontando, mas pelos relatos das atrizes percebi a profundidade e a concretude do encontro), de um lado as atrizes que vivem a obra/ficção e de outro lado as mulheres que vivem a obra/real da vida e a realidade crua e nua e que buscam transformar suas vidas/sofridas e de lutarem por um suspiro de esperança. Isso é teatro!!! Isso é vida real!!
De um lado a maquiagem e de outa a vida como ela é. Neste momento até Nelson Rodrigues se movimentou no caixão/circo etéreo. As mulheres: Bebe, Zefa, Elisa, Catarina, Marielle e tantas mulheres ganham voz. Mulheres Presente. Uma experiência  onde o teatro e a vida se confundem. É teatro vivo. Somos humanos. Assim segue a vida. Belo Horizonte me guie para que eu possa voltar. Estou pronto para voltar.