Zaine
Diniz
Que
maravilha chegar pela rodovia nessa cidade tão bonita! A paisagem da estrada me fez viajar e
refletir sobre os países dentro do nosso Brasil... os sotaques, os sabores, as pessoas
receptivas e acolhedoras! No nosso
aquecimento no palco, já recebemos a tão querida Rita Queiroz, uma grande
artista amiga nossa de Porto Velho que reside agora aqui em Anápolis. E foi uma
felicidade só! Rita, Luna sua filha e a
amiga Cecília , muitas histórias, relembramos nossa passagem pelo Seringal
Santa Catarina onde apresentamos em 2010 antes de partir para o palco giratório
daquele ano e quanto foi importante para as pessoas daquela localidade e para
nós que bebemos e Comemos da nossa
história pra depois sair para o mundão de meu Deus! Nossa apresentação foi assim, com uma plateia
atenta e calorosa que participou do bate papo de maneira calorosa. Palco pequeno - que deixou a apresentação
mais intimista, com mais entrosamento do elenco e público. Mais uma vez
favoreceu essa troca de energia tão importante para a cena. Dois dias de
oficina, com participantes cheios de energia e disposição para trocar, brincar
e dialogar sobre o Ator e a Cena, bem conduzido por Chicão Santos e todo o
grupo apoiando e desenvolvendo técnicas de aquecimento corporal/emocional e
sensorial. O tempo seco castigou um pouco: nariz e olhos irritados... normal
para quem usa uma lente de contato rígida, sem a qual não enxergo a um palmo do
meu nariz (alta miopia) nem tudo é perfeito Mas... Paciência. No último dia, um
encontro especial no ateliê de Rita, onde tivemos a honra de compartilhar
pinceladas de óleo sobre tela em uma obra que estava nos esperando! Celebração
total, onde Luna nos presenteou com uma mesa de delícias e um bom café da hora.
Gratidão aos amigos, aos técnicos do sesc, ao público, aos meninos e meninas da
oficina... Aos novos amigos! Hora de
partir Vitória ES nos espera.
Agrael de
Jesus
Anápolis,
cantinho lindo no Interior de Goiás, terra de gente boa, acolhedora, fala
mansa, gosto pelo prosear. O translado
de Goiânia até Anápolis foi mais um tour. O motorista super gentil, nos
apresentava todo o trajeto, que por sinal tem uma linda paisagem. Em Anápolis
recepção calorosa e cuidadosa do pessoal do Sesc. Já no hotel, deixar as malas
e se arrumar para assistir o grupo Pernambucano Côco de Tenbei, com a dança do
côco. Vigor, ritmo, sincronismo. Tentei dar uns passos, mas a pegada é forte.
Manhã do dia 12, dia dos pais. Saudades do meu pai que já não se encontra mais
entre nós. Visita ao mercadão central. À tarde conhecer o espaço da
apresentação "Auditório do Sesc Centro", espaço acolhedor,
maravilhoso. Nova configuração. Concentração, aquecimento corporal e vocal.
Emoções à mil. Espetáculo fluiu, lindo, casa cheia, na plateia a grande diva
Rita Queiroz com seus familiares e amigos. Tudo lindo. Bate papo gostoso, com
questionamentos e posições pertinentes. Na manhã do dia 13, a convite do Luiz,
fomos conhecer Pirenópolis, cidade histórica, onde tivemos a oportunidade de
conhecer a Cachoeira do Moinho Velho. Lugar lindo....Os dois dias de oficina
foram maravilhosos, público selecionado à dedo. Meninas e meninos conhecedores
da área, inteirados, conhecedores do fazer teatral e interessados em aprender
mais e mais. Até Rita Queiroz e sua filha Luna participaram da oficina. Antes
de irmos ara o último dia da oficina, tivemos a oportunidade de visitar o
Ateliê da Rita Queiroz, espaço lindo, acolhedor, onde tive a oportunidade de,
pela primeira vez na minha vida, manusear pincéis e tintas. Sendo agraciada com
o privilégio de compartilhar de sua obra. Grande emoção. Comuniquei-a da minha
experiência o que ela pediu minha autorização para citar em alguma obra sua, o
que prontamente concordei. Celebração, confraternização, encontros e
reencontros maravilhosos. Jamais esquecerei. Obrigada Sesc Anápolis e toda a
sua equipe, obrigada aos artistas e amigos. Levarei saudades. Me aguardem, eu
voltarei.
Edmar
Leite
•Dia 1
Dia de
viagem. Pegando a estrada cedo, viagem tranquila demais. Altos e baixos. Águas.
Chegada boa. Instalados. Cidade do interior com jeito de cidade grande, porém
sem perder a tranquilidade. Cidade bonita e organizada. Pude prestigiar uma
apresentação do Coco de Tebei, no encerramento do Sonora Brasil local!
Verdadeiros Mestras e Mestres em ação foi bonito por demais de se ver, assistir
me trouxe saudade, energia, inspiração.. E pra finalizar o dia com chave de
ouro, pude conhecer uma parte da galera que organiza os movimentos culturais
independentes na cidade, num local onde acorria um brechó/sarau, muita gente
jovem reunida produzindo arte, coisa boa! Boa chegada Anápolis, boa chegada! E
o frio ganhou espaço!
•Dia 2
Dia
amanheceu frio e seco, mas logo o sol achou seu lugar! Dia bom, dia de
espetáculo, hora da montagem! Espaço diferente, auditório, adaptação foi a
chave pra dar tudo certo! Equipe ágil e super solícita. Adaptação é a chave
também para o Palco Giratório em si; diferentes espaços, equipamentos, espaços,
climas, cidades, pessoas; possibilidades ilimitadas de aprendizado crescente,
experiências! A apresentação foi muito boa, bate papo também, contamos com a
presença de Rita Queiroz, pesquisadora que foi uma das bases para a construção
do espetáculo. Um dia muito bom.
•Dia 3
Conhecendo
mais de Goiás com o Luís. Histórias que se cruzam e reverberam, como a de Santa
Dica, mulher forte que lutou contra os "poderosos" de seu tempo.
Reenergizando com as pedras e águas frias desse centro oeste, purificado,
reequilibrado, inspirado, focado e feliz. Grato por essa grande oportunidade de
vivência e experiência nesse Palco. Primeiro dia de oficina, conversa boa sobre
as realidades do nosso meio. Interação e troca. Participantes ligados de
diversas formas à arte. Dia amplamente proveitoso.
•Dia 4
Acordando
mais leve. Conhecendo mais a cidade, motivado, parques que inspiram, da
tranquilidade do nado dos peixes à velocidade do mergulhão que os busca; até o
pombo encontrou tempo pra se banhar e depois descansar ao sol. Visita ao
Estúdio da dona Rita, me senti em casa, participei de um quadro coletivo e foi
muito legal e inusitado. Segundo dia de oficina, interações, conexões e
entendimentos. Turma muito boa e disposta, grato por tudo. Reencontro com a
Isa. Encerramentos.
•Dia 5
Preparar
para partida. Até mais ver Anápolis.
Flavia
Diniz
viagem
tranquila e rápida de Goiânia à Anápolis. Clima ameno, porém, muito seco. Haja
manteiga de cacau e muita água para hidratar a pele. Provei o pequi, apesar de
não ter nada a ver com o tucumã, mas a cor lembrou. Pra mim, lembra tucumã! À
noite, curtindo aquele côco seco, cultura popular de Pernambuco. O côco de
Tebei é praticado por um grupo de agricultores. 5 Minutos dançando côco seco,
já começo a sentir as pernas, haja base, fôlego. Tudo maravilhoso. Muita
energia.
Dia
seguinte, dia de apresentação. Dia de aproveitar o sol no parque do Ipiranga.
Como sempre as manhãs de Anápolis sempre frias, secas. Conheci de perto um
pato-mergulhão guloso. A cada mergulho, voltava com um peixe. Agilidade.
Esperteza. Paciência. Percepção. É disso que precisamos ser na vida. Depois
dessa cena, de toda coreografia dos pássaros uma pausa para o almoço.
Tivemos
uma ótima apresentação! E a honra de ter como público Rita Queiroz. Uma grande
mulher, beradeira, artista, guerreira! Bate-papo maravilhoso! Rico.
Tive a
oportunidade que conhecer Pirenópolis, cachoeira do Moinho Velho, com o
companheiro Luiz que fez esse guia turístico, nos levando num lugar
maravilhoso. Foi mágico. Um descarrego tomar banho de cachoeira, ficar perto
das pedras. Equilibrar as energias.
Os dois
dias de oficina, a galera afiada. Ligados. Abertos para as trocas. Com a
presença de Rita Queiroz e sua filha Luna.
Fomos
convidados para conhecer o ateliê de Rita. Tivemos o privilégio de brincar com
uma de suas telas, enquanto conversávamos, íamos pintando, ouvindo histórias de
Rita. Tempo voa. O café maravilhoso de Luna, tudo feito com carinho, amor.
Conversas sobre o sagrado feminino. Me sentindo em casa. Desde já, sentindo
saudade dessas trocas. Da culinária. Toda as pessoas envolvidas, culinária,
sotaque, compensa o clima, a umidade.
Amanara
Brandão
E como eu
vinha falando sobre lugares serem feitos de pessoas... pois bem! Anápolis vem
como a confirmação do quanto o Goiás é receptivo. No transporte terrestre de
Goiânia pra cá, uma oportunidade de apreciar a paisagem, e encantar-se com
tamanha beleza e grandeza (apesar de que eu tenho dito que "o Cerrado é
bonito mas o nariz sangra", resultado da baixa umidade do ar que pegamos
nesses dias). Na noite de sábado, no Sesc, assistimos a apresentação do grupo
do Coco de Tebei, de Pernambuco, que estão circulando pelo Sonora, onde me
emocionei com tamanha verdade e vitalidade nessa manifestação artística que
busca conservar suas raízes, envolvendo o público, que no fim até dançamos
juntos! Mais tarde, pude conhecer um bazar colaborativo que estava acontecendo num
quinta cultural, era forró ao vivo e na exposição jovens que, assim como eu,
estão em sua correria independente nas artes, sem patrão e sem medo da vida,
sempre em busca do aprendizado e fazendo a cena acontecer!
Domingo,
dia de apresentação, o palco aconchegante que exigiu uma customizada na
configuração estética da cena, mas que não prejudicou em nada, e sim nos deixou
mais próximas, o calor humano potencializado circulando, espetáculo com
energia. Na presença da grande Rita Queiroz, uma das principais inspirações
para as pesquisas do grupo O Imaginário, me deixou muito honrada. Até a
visitamos na terça-feira, ela e sua filha Luna, e pintamos um quadro juntos
(todos do grupo deixaram sua colaboração na tela), em meio a conversas sobre
memórias, transformações pessoais e anseios, e pra fechar um café da tarde no
jeitinho goiano de ser. Na segunda e terça foi dia das 8h de oficina, com
pessoas principalmente "do teatro", com sede de compartilhar. Segunda
também foi dia de desfrutar dos presentes naturais dos quais essa terra é rica,
e o Luiz foi o grande anfitrião, gratidão! Saber sobre a revolucionária Santa
Dica em Pirinópolis, perceber a presença de comunidades voltadas para a
permacultura no caminho, centros de estudos espiritualistas com tantas pessoas
interessadas em serem melhores...
Esses
dias por aqui foram de energia intensa, estou "pipocando" por dentro,
quase não sinto sono de tanta vitalidade que me transborda (acho que é culpa
das pedras, cristais do Cerrado, sobre os quais caminhamos, rs). Valeu, Anápolis!
Chicão
Santos
VOU DE
KOMBI!!!!!!
A saída
de Goiânia para Anápolis prevista para às 10 horas, do dia 11 de agosto se
confirma e ali estava Luiz Sérgio e Senhor Agostinho prontos para nos conduzir
até Anápolis. Até ai tudo conforme o acertado a não ser a minha viagem. A
viagem até Anápolis no Trem/Kombi... o coisa boa, lembrei-me da nossa Kombi, a
toda poderosa. A viagem/conversa sobre todos os assuntos e o cenário/malas como
testemunha. A BR duplicada e suas faixas sinalizadas nos conduziam ao nosso
destino. Um veículo bem cuidado assim como todos os bens/capital do SESC.
Chegamos rápidos, entre um semáforo/verde e a simpatia do motorista/Guia,
deixamos as malas no Hotel e esticamos até o SESC para deixar o cenário. Tudo
muito como se fosse tempo de formula 1 e já estamos no hotel. Amo Kombi. #kombielegal. O restante
do dia passou como o tempo da Kombi e à noite já estávamos no Sonora Brasil
assistindo o côco do Pernambuco. Um presente lindo de um projeto/aposta do
SESC. Embebecido pelos sons/sonoridades voltamos para o hotel/casa. O dia de
todos pais/12 de agosto começa com a montagem da luz num
auditório/teatro/transformado. Tudo muito rápido. O mapa mudado, as cenas às
avessas. O proposito de mostra o trabalho em todos os lugares. A equipe/Cultura
SESC sempre presente e atenciosa, formada por um time de primeira: Luiz/Tiago/Patrícia/Sâmi
um espetáculo de receptivo. A noite se anuncia, na “boquinha da noite” e
tivemos a grande satisfação de receber a nossa grande Rita Queiroz/Maria
Cecília/Filho para primeiro contato para matar a saudade. Que momento lindo e
inspirador, pois as atrizes já estavam em aquecimentos para a apresentação das
“As Mulheres do Aluá”. A apresentação ocorre nos fios cênicos entre o GRID
montado no palco/auditório/cênico. No
pós-apresentação o debate vai desenhando essa teia de conflitos/atos/tensão que
se propõe violências/pedofilia/mortes de mulheres. O tempo reflexivo ressoa nas
palavras “beradeiras” de Rita Queiroz e sua família/amigos. São questões postas
e questões que urgem mudanças. Não podemos viver num mundo/violência
sofrida/sentida a todo instante. Um ciclo que parece não ter fim. Nós /todos
somos a chave/mudança dessa realidade cena/nua/crua.
Dia 13,
estamos nos mesmo local em estado de prontidão para a troca, num ambiente
oficina. A conversa se desenvolve, assim como os corpos biografados nos
propósitos/mudança consciência corpo/alma/sentimento. A Rita Queiroz participa
da primeira parte como uma menina/moça de outros tempos. Entre um jogo/dinâmica
o tempo passa muito rápido e já é hora da primeira despedida.
Que
dramaturgia escolher, que caminho percorrer, que projeto seguir... Assim
começou o segundo dia da oficina. Uma breve viagem pelas nossas escolhas,
nossas pesquisas e nossos projetos dramatúrgicos. Conversa e relatos de experiências
que o grupo vem experimentando ao longo dos tempos. A Amazônia é a segunda
marca mais conhecida no mundo, como fazer com que esse marketing jogue a favor
do teatro que estamos propondo para o País e para o Mundo. As memórias, as
narrativas e a construção dramatúrgica nesse universo onde impera a transmissão
geracional por meio da oralidade. O ator criador e a cena como construir uma
plataforma capaz de dar conta das demandas desses novos tempos. O corpo, o desequilíbrio
no espaço cênico e a atuação personagem-narrador-ator assim transcorrem o
processo/jogo/técnica no ambiente de oficina. Jovens talentos e de muita presença
cênica. Experimentando e vivenciando momentos singulares do encontro/oficina e
com trocas energias/potências. Assim terminamos nossa troca/oficina em
Anápolis.