sábado, 26 de maio de 2018

DIARIO DE BORDO – RIO GRANDE DO SUL – POA – 21 a 24 de Maio

























DIÁRIO DE BORDO – RIO GRANDE DO SUL – POA – 21 a

Data 22/04 – 20h – pensamento giratório - Espaço Multicultural Aldeia.
Local: Teatro Sesc Centro
Data 23/05 – 19h

Flavia Diniz

1ª dia - Chegamos em Poa dia 21/05, fomos bem acolhidas pelo frio maravilhoso.
na janta, nada melhor do que uma sopa bem quentinha pra nos aquecer. À noite fazia 10°C, Eu, Amanara, Agrael, Zaine e Edmar voltamos a ser criança brincando de corrida nos corredores do hotel e só assim pra ficarmos mais aquecidas.
2ª dia - Pensamento Giratório! Foi um encontro maravilhoso! Uma noite de trocas... ouvir histórias daquelas mulheres só me dá mais forças pra continuar trabalhando, lutando, resistindo. Me emocionei ao ouvir um pouco da história de vida da dançarina Ana Medeiros, me faz recordar a história da minha avó. Pós a conversa, fomos ao restaurante onde a comida é maravilhosa! O lugar foi construído para ser vetusto, antigo. Em seguida, fomos para o hotel.
3ª dia - Apresentação! já acordei ansiosa pra esse dia maravilhoso! Estava muito frio em porto alegre. Pós o café da manhã, fui direto para o quarto fazer exercícios pra me aquecer e focar no espetáculo. Às 14h fomos ao centro de poa e às 16h fomos para o teatro. Durante a apresentação, esqueci que existia frio em poa. Pós apresentação, tivemos o prazer de conhecer a dona Esther Pillar Grossi, que adorou o espetáculo e nos convidou pra almoçarmos junt@s.
4ª dia - Dia de despedida de Poa. Melhor despedida: 7ºC, um frio tremendo. E o melhor ainda: almoçar com Esther Pillar Grossi. Aquela mulher aos 80 e poucos como uma energia de uma pessoa com 18 anos!
Em seguida, fomos para o hotel. O tempo foi de organizar as malas e ir para o aeroporto.
Eu só tenho a agradecer as trocas que estou tendo nesse projeto maravilhoso.

Zaine Diniz

Diário de bordo   POA   Chegamos ao extremo sul do país    Ao extremo frio - considerando nosso calor do Norte - estamos congelando!!! Mas a animação e a alegria de estar nessa terra gaúcha esquenta nosso espírito e nos prepara para mais uma apresentação, mais um Pensamento Giratório , que desta vez aconteceu antes da apresentação.  E foi tão rico, tão especial!   Aconteceu numa roda com pessoais especiais no espaço multicultural Aldeia, que nos acolheu de forma tão calorosa que literalmente esquecemos o frio, e prevaleceu o calor humano, o calor das ideias, memórias e compartilhamentos. No dia seguinte, com temperatura mais baixa ainda, nos apresentamos no palco do sesc no centro de POA   Casa cheia, e no bate papo após a apresentação, pessoas mais especiais ainda que ficaram conosco discutindo a cena, as mulheres, a luta e esperança que está presente nas nossas ações e o “Pensamento homem”.   Enfim, foi maravilhoso. Na plateia, a honra de ter a grande mulher/educadora Ester Grossi que nos convidou para almoçar no dia seguinte e nós é claro, aceitamos!   O teatro é assim... a arte dos encontros!!!!  Quanta riqueza e lindeza nesse grande encontro.   Deixou saudades e alegria de que em breve retornaremos a esta terra!!!   Gratidão Palco Giratório  EVOÉ
Agrael de Jesus
Diário de Bordo_ Terça feira, 22 de maio, chegada a Porto Alegre, recepção no aeroporto pela Fernanda e pelo frio, kkkkkk. Hotel aconchegante. Dia 23 Pensamento Giratório no Espaço Multicultural Aldeia, local acolhedor e com pessoas lindas e educadas. O nome é sugestivo, pois realmente é uma aldeia de pessoas de vários segmentos culturais. Foi, para mim, o melhor pensando giratório. Bate papo lindo, gostoso, troca de energias, conhecimentos e vivências. Congraçamento entre "gentes". Abertura de corações desabafando, expondo suas memórias, mágoas, sofrimentos ocultos: expurgo. Dia 23 apresentação no Sesc Centro, casa cheia, presença de pessoas ilustres, dentre elas a da ex deputada federal, escritora e educadora Dra. Esther Grossi. No bate papo pessoas que realmente se interessavam em discutir a cena, o papel da mulher  nas lutas. Ao final do debate a Dra Esther Groissi convidou o grupo para um almoço em sua casa. Ela nos recebeu pessoalmente, muito gentil, amável, educada como se já fôssemos amigos a anos. Casa acolhedora. Almoço esplendido com um ritual todo especial. Pena que tivemos que voltar para o hotel e organizar para a viagem para o Rio de Janeiro. Saudades, gostinho de quero mais. Gratidão eterna a tudo é a todos.

Amanara Brandão
PORTO ALEGRE - RS, 24 de maio de  2018.
E hoje nos despedimos de Porto Alegre na alllta, após esses dias de muito trabalho e muito êxito nessa terra fértil e friiia! Porém cheia de pessoas calorosas 💗 (que, confesso, foi uma surpresa pra mim que só sabia do Sul aquilo que "falavam" por aí...). Nessa passagem por aqui, reencontrando amigos de cena, da Cia Gente Falante; nos fortalecendo no encontro e troca de vivências no Pensamento Giratório "Uma Reflexão sobre o gênero feminino na produção teatral na Amazônia - a mulher na cena" no dia 22/05 que aconteceu no lindo espaço multicultural Aldeia, com a presença ilustre de artistas que estão na mesma luta que nós, de resistência pela crença do potencial que a Arte tem em um momento tão caótico que estamos passando coletivamente... Apresentação do espetáculo dia 23/05 no Sesc Centro, casa cheia, presença de alunos do EJA (que alegria recebê-los!!), vindo de uma escola periférica para nos assistir e refletirem sobre o pensamento-homem. E hoje, de presente-surpresa o convite da dona Esther Pillar Grossi (que nos assistiu ontem) para um almoço em sua casa, ela que é uma grande expressão da luta da mulher pelo seu espaço na educação e política, ex deputada, escritora ativista por uma educação realmente emancipadora. Graciasss, portoalegrenses! Voltamos logo, Rio Grande do Sul! 🎭 #portoalegre #palcogiratorio2018
Edmar Leite
Porto Alegre 21/05 - 24/05

Dia 1
Saindo cedo pro Aero! Viagem tranquila. Buenas Fernanda, e ae Israel. Primeira vez no Sul. Frio bom. Cidade Arborizada, organizada, pontos de fuga, limpa. Perifa. Relevo variável. Indumentária. Serras, chapadas. Sesc Campestre, lindeza de lugar. Instalação. Valeu Cátia.

Dia 2
Que frio forte. Café, arredores, almoço. Meninas foram para entrevista. Fui na Nerdz. Fui pra Aldeia mais cedo e agradeço por isso. Que oportunidade boa de participação na: Aula de Flamenco com La Negra - Ana Medeiros: Dança do povo, todos participam. Aquecimentos, palmas. Compás, Marcajes, remates e Paseitos. Alunas: Tânia, Bruna, Lívia. Aula de Castanhola, bolero, fandango. Sentadas. Inserida na dança.
Força da natureza, poder, maestria, leveza, graciosidade, beleza. Ritmo. Amar a percussão. Entender para criar. Exercícios. O tempo voou. Acolhimento. Estava em casa. Energia circulou. La llorona.. Pensamento que girou, cantar a casa. Tua história é minha história, tudo isso dá teatro. Teatro bom e com verdade. Relatos emocionantes e ricos.  Reencontro com o grupo Gente Falante representados por Paulo e Duda e a performer Marina que foi em pvh ano passado pelo Palco Giratório. Polos, contato. Histórias pra vida. Jantar com amigos, comunhão, troca.

Dia 3
Amanheceu bem frio, fumacinha saindo da boca, pena que não saiu na foto kkkkkk. Dia de montagem e apresentação. Reencontro com o Magilut, conversa boa sobre a situação dos artistas nesse período sombrio. Valeu Duda. Montagem eficiente e rápida, valeu Osmar, quase dupla sertaneja Edmar e Osmar, almoço no mercado central, brechós, música, triângulo: Tica Laca Tica Junior! Apresentação boa, bate papo show! Desmontagem e embalamento! Convite para almoçar com a Professora Esther Grossi amanhã! Jantar com amigos , reencontro com Tuta do Circo Girassol! Lingua do T kkkkkk Guardar as coisas e dormir!

Dia 4
Amanheceu ainda mais frio, 7 graus pra ser mais exato, bom café da manhã, uma reunião pra reavaliar estratégias, harmonização, almoço com a Professora Esther, pessoa sábia e guerreira, reforça a importância da comunhão, dos encontros e trocas, ritual do risoto, conversa esperançosa mesmo em meio as crises, um entendimento grande dobre o ensino. Preparação para partir, receio sobre o combustível, embarque realizado. Valeu Angel. Até mais ver POA! Cepo de madera!

Chicão Santos
“Meu corpo é esse País”. Nem eu, nem a minha mente, nem meu corpo sentiram  a maravilhosa sensação de girar por canto e encantos deste País. Temperaturas e camadas de todas as espessuras. Um corpo nos tempos.  O frio corta a alma e o vinho acalma o corpo. Voltar a Porto Alegre, mas feliz e com uma emoção sentida, presente em cada instante. Do aero (porto) até o hotel Sesc Campestre “décimos  de tempos”. O lugar/hotel de encanto para os hospedes. Toda atmosfera de uma floresta envolvida de sons/folhas/flores e de muita tranquilidade. O receptivo como é natural homenageia o carinho e a sensibilidade e amor e de produtores atentos. Produtores/louças/cinderelas. No mesmo instante primeiro doces, livros e trocadilhos. O frio enrola corpos e roupas  numa noite servida do corante da serra. Acolhidos no Sesc Centro a luz fomos montando entre versos, conversas, versos e prosas. A sonoridade do regionalismo que faz bem aos ouvidos atentos. A luz reluz e Jane, nossa “madrinha luz” aparece sorridente e amável para receber as energias/encantoria da floresta. No momento instante troca de conversas de gratidão pela oportunidade dos impulsos momentâneos  propagar temas instigantes pelo palco que gira. Já havia feito o pensamento das mulheres da cena... que falam de seus traumas das emoções e das sensações embolsadas a chave do aluá do fio condutor/violências do feminino/violências contra as mulheres/sutil e estampadas nas faces das mulheres do País. Encontros e encontros de Eduardo-Paulo-Ester, uma sonhadora escritora de um talento e de refinado trado com as coisas, em especial com as pessoas e com o alimento. Finalizamos nossa estadia nas terras gaúcha na casa/museu de dona Esther Grossi que é Nascida em Santa Maria, Esther tornou-se uma referência em educação, tanto pelo empenho em buscar soluções para a escola pública, quanto por pensamentos e teorias que desenvolveu, como a aplicação do pós-construtivismo na alfabetização de alunos com Síndrome de Down. Uma mulher mergulhada em pesquisas sobre aprendizagem e formação de professores, Esther mantém um vigor de ideias que transcende o característico visual colorido dos cabelos e roupas, e segue muito requisitada por gestores de educação quando o assunto é alfabetizar. Tanto é que, a entrevista que concedeu a ZH foi interrompida por alguns instantes para que ela recebesse uma efusiva comitiva de educadores e alunos da Colômbia, recém-chegados a Porto Alegre especialmente para participar dos debates em comemoração aos 80 anos da educadora. Para o aniversário, nada de banquetes a convidados ilustres. Esther preferiu promover uma grande discussão sobre o que mais gosta de falar: educação. Fiz esse apontamento sobre essa Mulher genial para descrever o momento encantado de sua companhia, tanto no espetáculo As Mulheres do Aluá como em sua residência casa/museu para saborear uma deliciosa refeição e saborear um delicioso vinho para ajustar esse encontro e essas novas amizades. Como medo de avião ou da falta de combustível partimos  para o Rio de Janeiro. Até breve Porto Alegre... voltaremos em breve.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Diário bordo em Cuiabá







DIARIO DE BORDO – CUIABÁ (MT) Data 18 até 21/04 As Mulheres do Alua no Mato Grosso Local: Teatro do SESC ARSENAL Data 19/04 – 19h 
Zaine Diniz - Enfim, a primeira cidade desse circuito Palco Giratório 2018 CUIABÁ, que para nós do O Imaginário é a casa da “vizinha” amiga, pois já apresentamos varias vezes em outras ocasiões , neste espaço Sesc Arsenal que é tão precioso - por sua arquitetura, sua história que exala cultura por todos os cantos deste celeiro de arte que nos acolhe e nos encanta. Apresentar neste palco, é sempre uma alegria - desta vez não foi diferente - a acolhida pelos técnicos do sesc, fez com que nosso trabalho transcorresse sem stress e com muita tranquilidade. E o clima? Frio em Cuiabá?!?! Sim!!!! Como das outras vezes que viemos Coincidências da natureza imprevisível. A apresentação em si transcorreu de forma única, com um público seleto onde os que ficaram para o bate papo (poucos, pois havia outra apresentação em seguida) foram de uma generosidade incrível em discutir sobre o espetáculo, sobre a temática, tão forte e necessária nos dias de hoje. No dia seguinte, após reunião de avaliação que sempre fazemos , nos preparamos e seguimos para o “Pensamento Giratório “ onde Fizemos uma Roda para discutir sobre A Mulher na Cena Amazônica - desafios, conquistas, lutas, emponderamento, Pensamento homem, família, mercado de trabalho, enfrentamento, estigmas e a nossa ARTE. Nossa passagem foi breve nessas terras que tbm são minhas, pois sou mato-grossense de nascimento e Rondoniana de escolha e de coração Mas esses breves dias, alguma coisa mudou em mim, como sempre acontece quando paro pra refletir sobre o meu fazer teatral, sobre o papel da arte e o meu papel nesse contexto. Saio fortalecida. Mais uma vivência, entre risos, lágrimas de emoção da companheira de cena Amanara - tão novinha!!! Tão linda e verdadeira na sua fala que emociona a todos e a si mesma ... E agora, que venha a próxima!!! POA, estamos chegando.! Evoé!!! 
Agrael de Jesus Nessa etapa seguimos primeiro para Cuiabá, fizemos uma excelente viagem e fomos super bem recebidos pela Izabela, pessoa amável e gentil. Amo Cuiabá, tenho vários amigos e afilhada que aqui residem. Como sempre, coincidência ou não, a temperatura baixou. Mas está suportável kkkkk. Tivemos a oportunidade de assistir o espetáculo Eu Sem Você Não Sou Ninguém, da Cia Teatral Turma do Biribinha. Espetáculo maravilhoso. Após o espetáculo tive o bate papo e foi muito gratificante e enriquecedor ver e ouvir o ator com toda a vivasidade no alto dos seus 67 anos e comemorando 60 anos de profissão. Exemplo para todos nós. Nossa apresentação foi maravilhosa, o palco do teatro Arsenal me transmite uma segurança e ao mesmo tempo uma inquietação. Bom público, como sempre meus parentes e amigos nos prestigiando. Cantar a música ao final, sem play back, foi uma experiência muito gostosa. Após espetáculo um bate papo gostoso, perguntas e questionamentos coerentes e interessantes No pensamento giratório foi tudo muito mágico e divino. Ensinamos coisas e aprendemos tantas outras. Isso é viver, conhecer, ensinar e aprender. Partindo para o Sul. Que Deus nos acompanhe e nos guie. 
Flavia Diniz Diário de Bordo - 18/05/18 Chegamos em Cuiabá - MT por volta de 8:30/9h a.m. Fomos para o Sesc Arsenal. Em seguida, fomos tomar café e depois partimos para o hotel. À noite assistimos o espetáculo do Biribinha. Foi maravilhoso! 2ª dia - Dia choroso. Chuvoso. Dia de apresentação. A temperatura da cidade já estava começando a cair. Foi uma apresentação boa. Pós-apresentação fomos conhecer um restaurante/bar metade cheio. Foi muito nostálgico. Lembrei-me de porto velho. Voltamos para o hotel. 3ª dia - Cuiabá estava frio. Fui conhecer a arquitetura da cidade na parte da manhã. Em seguida, fomos almoçar e depois fomos ao shopping. À noite houve o pensamento Giratório. Foi uma noite de muito conhecimento, de trocas de informações. Pós o pensamento giratório, fomos assistir espetáculos. Saímos para comer algo e depois para o hotel. 
Edmar Leite Dia 01 Viagens tranquilas, deu até pra descansar um tanto, pouco ou nenhum atraso. O pouso em Cuiabá demorou um pouquinho devido a um catioro aventureiro brincando na pista. Fluxo pareado. Calor. Cidade organizada. Revisita ao Sesc Arsenal, lugar bonito demais, boa lembrança do Sesc Amazônia das Artes. Um pequeno reajuste de harmonia. Jeito e sons de cidade grande. Tarde livre. Escurece bem cedo aqui hein. Assistir os companheiros de Palco à noite. Biribinha, vida contada. Biografia de todos. Conversando consigo. Mestre em cena. Aprendizado gigante. Oi Lu. Dia 2 Amanheceu quase frio, interessante.. segunda vez que viemos em Cuiabá e esfria kkkkk Montagem de Cenário e Luz, ocorreu tudo bem, equipe bem solícita e eficiente, participaram de duas montagens ao mesmo tempo, valeu Roberto. Temperatura caiu mais, bueno. Hoje tem espetáculo, tem sim senhor. Conferindo os conferidos, passando, opa olha o foco do monólogo ^^ Espetáculo rolou legal. Até faltas ensaiadas entram nas brincadeiras de bola de hoje em dia kkkkkk. Metade cheio. Dia 3 Manhã livre. Cidade para no domingo. Pensamento Giratório, se desenvolveu de forma clara r construtiva. Espetáculo de circo, treinamento, força, leveza, incrível e natural. Eles não usam tênis naique.. baque, fôlego some, música, ruído, ritmo, quebra da quarta parede, dar e tomar, inversões. Jantar, mais frio, dormir.. Até breve Cuiabá! Valeu Cacau e Isa. 
Amanara Brandão 18 de maio. E aqui começamos nossa jornada nesse projeto grandioso... muito ânimo, garra, energia diretamente da Fonte inesgotável. Vôo tranquilo de Porto Velho a Brasília, conexão rápida e mais tranquilidade de Brasília a Cuiabá. Muito bem recepcionadas no aeroporto pela Izabela. O calor cuiabano nos acolhendo, e como um presente, logo nessa chegada pudemos assistir o espetáculo da Turma do Biribinha, que ainda não conhecíamos e a partir daqui virou uma grande inspiração e referência. Sábado, 19 de maio, dia de apresentação e logo cedo Edmar e Chicão partem para a montagem de luz, cenário e som no Teatro. As quatro atrizes permanecem em concentração; cuidando da alimentação, exercitando o corpo, passando texto, estreitando laços... fim de tarde já no camarim, a hora da apresentação se aproxima... 19:00! Aquecidíssimas, sintonizadas, e lá vamos nós contar essas histórias pro público cuiabano que lotou as poltronas do Teatro e nos recepcionou de forma tão acolhedora. Foi lindo! Após desmontar o cenário coletivamente, já estávamos livres pra sentir a friagem noite a dentro... Mais tarde, encontrei as companheiras de cena do Coletivo Lugar Comum (PE) e fiquei sabendo que elas também usufruiram de nossas músicas de aquecimento, ouvindo na sala ao lado enquanto também se preparavam para apresentar às 20:00. Ambas embaladas pelo Tecnomacumba de Rita Ribeiro. Força!!! Essa noite foi GRL PWR, dois espetáculos de mulheres em cena fazendo acontecer a magia de materializar cotidianamente ideias revolucionárias. Nós somos a própria revolução! 20/05 Dia de Pensamento Giratório... ufa!!! Que riqueza esse primeiro Pensamento Giratório. Na companhia das mediadoras Tereza e Talita, a hora correu tão rápido que nem percebemos, tamanha amplitude de assuntos a serem tratados nessa temática. Construção social, coletividade-indivíduo... Perceber e compartilhar do íntimo, de como esses assuntos nos afetam diariamente, foi/é sempre como um expurgo, nesse momento qualquer barreira criada de "vida pessoal X profissional" é quebrada. 
Chicão Santos Cachorro & frio & Sola de sapato 18/05 – Partimos para Cuiabá, mas como a lógica é ir em Brasília... obedientes, não havendo outra maneira rumamos para o planalto. 2h40 e (de) repente o sol já estava brilhando com um tom avermelhado, falei pro Edmar o primeiro refletor já está acesso, uma luz que transpassou todo o interior da aeronave, foi rápido e já estávamos circulando com passos apressados pelo aeroporto shopping, como diz o Mestre Amir. 1h45 depois já estávamos na capital do Mato Grosso, quase lá... o avião teve que abortar a aterrissagem, pois o comandante avisou que o pessoal de solo havia comunicado que um cachorro atrevido estava na pista “imaginando o imaginário”!!!!! Avião que circula pelos ares e cachorro que corre pela pista, nada de susto, aeronave no solo. No comando do receptivo a jovem Isabela. Uma rápida passagem pelo Arsenal e já estamos perambulando pelas ruas próxima do Sesc em busca de um café. Rapidamente Isabela nos acomodou no Hotel preparando para o pessoal que gira pelo palco que é giratório. Do almoço a noite passou-se com um cochilo e já estávamos no belo jardim, do encantador SESC ARSENAL com Mateus e Kakau e embarcamos numa viagem pelo universo do Biribinha... do circo-teatro, no drama e no pastelão da comicidade de um espetáculo dramaturgicamente bem custurado que me fez reportar aos personagens/mascaras de Becket/essa linha tênue entre o ser/criatura e a persona. No palco 60 anos de de maestria, de ofício, memorias respingando em nossas almas: real e ficção tudo misturado. Um homem palhaço ou um palhaço/homem, fazendo o jogo com seu boneco misturando ingredientes lúdicos para encantar crianças, jovens e velhos. Biribinha me remeteu ao meu Bisavô Joaquim, meu circense-família, espanhol, que também equilibrou se por essa vida e no desiquilíbrio foi para o “circo-etéreo”. Fascinante e visceral. A noite linda... um banho na alma dessoa pessoa-criança. Para pisar neste e em outros chão sagrados é preciso limpar a sola dos sapatos, dizia meu palhaço velho/pai. Senti o barulho do ar do quarto do hotel e no balancear de uma dosagem alimentar matinal. Já estamos descendo e subindo escadas no teatro do sesc arsenal, acompanhado no Roberto no ataque, Edmar na retaguarda e eu no meio de campo e uma transição de cabos/refletores/fios/tomates/surpresas e a luz já estava pronta. No som a sonoridade da voz do venezuelano ao papo genial com o Sandro tudo numa fração de segundos-instantes. Kakau aciona as coleta das tarjetas de acesso de um publico fiel e que já estava convencionado com Mateus nesta noite vamos beber esse aluá para também ficar a flor da pele. Queremos os dois espetáculos exclamou um moço que estava entrando na plateia. As atrizes iam pisando sorrateiramente o palco em direção as janelas e a luz abre as cortinas da ficção e o público é fisgado pela cena primeira de quatro mulheres de cera/pedra na ribalta da perversidade da hostilidade humana. Quando misturada as mulheres/atrizes/personagens/publico a sena ganha contorno de uma ação pós-dramática para alguns e fica refletiva de um hiper-realismo da urgência da vida devassada dessas guerreiras mulheres do século quase passado/presente. Entre um corro/corre o debate com corpos tortos e olhares deslizantes... As violências ganharam os ares do acolhedor planeta/cênico que urgência fez movimento. Conversas e relatos verdadeiros. Tudo embalados: os cenários e os corpos, pois o frio chegou com “os imaginários” não só desta vez, mas por outras vezes. Daí meio quilo ou metade de um quilo é nada diante do frio no osso da costela degustada por dentes feroz das atrizes ferina/feridas pelas regras da dieta celestial. Das ruas/passos largos e dos corpos frios, o refugio na fé, no discurso desatualizado da imponente obra arquitetônica da igreja/murro: “A riqueza material não traz a felicidade” (...) Girando pelas abertas fendas de um centro histórico chegamos num pensamento que também gira-conversas com avides a cena/amazônica deslizando pelas histórias, pelas memórias, pela narrativa crua e visceral, desnudada de sofisticações, de apelos lógicos/conceituados na ração. Cospe pelos olhos as emoções sentidas e pelas almas as (in)certezas do feminino latente na carne crua e nas pegadas calejadas pelo tempo. As Mulheres do tempo e da hora ocupando tudo o que é cênico... Não há metáforas, não há codificação e tão pouco mundo irreal. São seres/humanos que sussurram/falam/gritam no espaçamento de seis colunas/mulheres que mistura a alma suada, girando deparamos com corpos nos jardins em equilíbrios/desequilíbrios em Salta Alto... E só para não amaciar e nem afrouxar a maré... a “cariocadas” nos presenteia com o balançar da rede que move o universo temático do giratório/2018. Da negra/nego aliciado pelos crimes as estupidez de uma intervenção de um (des) governo. Tema profundamente regado das mazelas do social/politico. Mariele presente. Estampa novamente o feminicídio/matança dos sonhos de um jovem Brasil plural, escarnado nos sucessivos de erros de uma conjuntura sem alicerce e de algozes voraz pelas fatias do latifúndio da ignorância nacional. A reflexão pós-espetáculo é mais profundo e atinge nosso observatório e nossas lentes das camadas sociais do povo e da soberania viúva e órfão. Cuiabá sempre que tiver frio e a nossa presença que se anuncia. Nossa eterna gratidão pelo acolhimento. Até muito breve.