sábado, 11 de agosto de 2018

DIÁRIO DE BORDO – GOIÂNIA (GO) 09 a 11 de Agosto


 Zaine Diniz


Pense na alegria em estar na única capital do centro oeste que eu não conhecia! Pense numa produção local bacana, competente e de um profissionalismo de dar gosto (a maioria das outras equipes deram show também), Ednea foi nos encontrar no camarim, a simpatia em pessoa. Me senti à vontade em apresentar em um teatro tão aconchegante, tão moderno, perfeito para o nosso trabalho. O público selecionadíssimo, poucos lugares e todos atentos a cada cena e a proximidade do artista/público/plateia faz com que a troca de energia seja mais intensa! A cena cresce, pois sinto o público junto na história. O bate papo depois da apresentação foi muito bom, pois ouvir as pessoas que se sentem à vontade em falar sobre o trabalho, sobre histórias de mulheres, sobre as histórias de todas nós... mesmo com vários artistas na plateia, amigos nossos teatreiros como Marília e Luís Cláudio, a questão maior foi a temática que o trabalho propõe ... (e não técnicas específicas comum a um público da mesma área) do soco no estômago sentido pelos homens e mulheres presentes - assim disseram - e pela provocação de incômodo e de reconhecimento sobre a obra que apresentamos.  Ainda assim, precisamos aprimorar nosso aquecimento vocal para evitar de engolir ou trocar letrinhas ... tudo pode melhorar sempre!! Sobre a cidade, uma caminhada na chegada pra suar esse clima maravilhoso!   Precisava transpirar   E me inspirar para essa breve estada nessa cidade tão bonita! Obrigada Goiânia !  Gratidão

Agrael de Jesus
Hurruuu, e aqui estamos na terra do Piquí. Goiânia, cidade linda. Tudo maravilhoso, inclusive a recepção da produção local. Chegada a noite. Manhã do dia seguinte, dia de apresentação, caminhada pela manhã, passeio com Amanara até o Parque dos Buritis, lugar expendido, árvores enormes e frondosas. Presença de muitas árvores de Pau Brasil, me deliciei com a fruta do Jatobá. Visão linda do lago com seus peixes e patas com seus patinhos. Noite, tetro lindo, aconchegante, energia saindo pelos poros, na platéia a presença de velhos amigos. Tudo fluiu. Bate papo pós-apresentação magnífico. Abraços calorosos e o reconhecimento do nosso trabalho. Isso nos fortalece. Agora é partir Anápolis.

Amanara Brandão
Como falar de um lugar quando não conhecemos as pessoas desse lugar?... esses questionamentos me são constantes nessa correria, ainda mais quando é bate-volta assim, como foi em Goiânia. Os lugares são feitos pelas pessoas, é óbvio... mas algo sempre fica, mesmo quando a passagem seja tipo um flash. De Goiânia, fiquei com a boa impressão da produção local receptiva, das dependências agradáveis do Sesc Centro, até do "ar" que a cidade exala, na breve caminhada pela manhã de sexta-feira até o Parque dos Buritis. E na noite, o público que nos assistiu de forma tão presente, envolvidas na trama que colocamos em cena, e mais ainda no diálogo após a apresentação, também reencontrando rostos familiares como da cia Novo Ato e do Teatro Que Roda na arquibancada, além das pessoas que contribuíram durante o diálogo, compartilhando experiências próprias quanto ao assunto abordado, e sensações em relação à apresentação... foi de encher o coração. Primeira vez em Goiás tá sendo de oxigenação interna, com a brisa boa que o Cerrado tem.


Edmar Leite
Dia 1

Dia todo de viagem. Tudo tranquilo.  Chegada boa, cidade com muita gente fazendo caminhada. Animada porém sem excessos. Duas universidades boas no caminho e mais uma escola de Teatro. Instalados. Caminhada. Descanso. Já é amanhã.

Dia 2

Amanheceu nublado, temperatura agradável, mas foi esquentando. Reconhecendo os arredores. Montagem. Ótimo espaço, equipe massa. Mais uma vez a mesa de luz igual a nossa. Ocorreu tudo tranquilo. Apresentação ótima, cheia de energia, entrega, força e clareza. Bate papo maravilhoso, todo o público ficou para trocar. Embalamentos. Até mais Goiânia!

Flavia Diniz

Viagem tranquila. Passagem rápida por Goiânia. Fomos bem recepcionados pela produção local.
No dia seguinte, tive a oportunidade de conhecer o Bosques dos Buritis. Tudo lindo. Aquele vento fresco com sol maravilhoso. Voltando para o hotel. Dia de apresentação. Concentração. Friozinho na barriga. Teatro de goiânia é muito aconchegante. O público, melhor ainda. Quando o público foi entrando, já ficaram impactados com a primeira cena. O debate foi muito rico. Ter o feedback das pessoas é importante. Parece que faz o trabalho crescer mais ainda. Enfim, uma noite de trocas maravilhosas.

Chicão Santos

“Quero parabeniza as atrizes e o diretor, e dizer que todas são maravilhosas  interpretam muito bem e que adorei assistir  e conhecer um pouco da nossa realidade . e que continuem mostrando ao Brasil  isso que nem todos sabem à realidade” Fala de Dona Graça Ribeiro (Crimeia Leste – GO).

Piqui o nosso “ouro amarelo”... Uma passagem cênica e importante pela sombra das cariocaráceas do cerrado brasileiro. Uma árvore que alimenta o povo do Centro Oeste e que pelo seu sabor e cheiro nos liga ao norte. Assim me senti ao aterrissar em solo goiano, a primeira vez que consigo trazer uma proposta cênica a cidade e assim adentramos a cidade pelas suas ruas arborizadas até chegar ao hotel.  Já no Sesc Centro revisito o Teatro, que considero um excelente espaço cênico, bem equipado, bem projetado e cuidado com muito carinho. Uma equipe/técnica/produção de primeira grandeza, capitaneada pela Curadora do Palco Ednea Barbosa. Toda montagem não durou muito tempo e já estava tudo pronto para receber nosso público e amigos, fui até a entrada e lá já estavam os amigos a espera do espetáculo. Do alto, da cabine os botões são acionados e o espetáculo percorre por quase uma hora, trazendo à cena mapas e cartografias das violências sofridas pelas mulheres. O pensamento homem determinando a condição de cada uma delas. Lá do alto eu conseguia por uma nova perspectiva, um ângulo completamente diferente ver os movimentos cênicos. As luzes de apagam e por alguns segundos o público não sabe o que fazer... Ao final os aplausos. E logo começa a conversa/debate, num pós-apresentação, Dona Graça e Senhor Pedro meus amigos na primeira fileira, somando com Jorge (Uruguai), Marilia e Luiz Claudio (Novo Ato) e a plateia presente e permanente na conversa/debate, um breve e estimulando preâmbulo da Ednea falando da minha importância no cenário teatral/cena amazônica e brasileira. Um contorno da luta cênica de 4 décadas de dedicação ao teatro brasileiro. Ali discorrem perguntas e respostas, depoimentos e revelações. O acertado é que nada pode ficar como estar... a luta é gigantesca, mas é preciso que comece logo e que tenha urgência. Assim foi o aquecimento da fogueira deste debate cênico. Bom demais. Já na desmontagem tudo muito rápido e ágil. Cenário na VAN/Hotel e já prontos para a próxima cidade Anápolis no dia que se segue... Tudo claro no novo dia e as bagagens já acomodas no interior da KOMBI, lembrando nossa toda poderosa, que ficou lá no Tapiri e Eu me prontifiquei de ir de Kombi, me sentindo o máximo até Anápolis ao lado do nosso condutor senhor Augustinho. Partimos para Anápolis.




















sexta-feira, 10 de agosto de 2018

DIARIO DE BORDO – POCONÉ (MT) 05 a 09 de Agosto






  Zaine Diniz


Chegar em Poconé foi “a viagem”, viemos com um grupo de turismo q se destinava ao famoso Hotel Sesc Pantanal. Quase 3 horas de musicas sertanejas universitário daquelas q vão ser eternamente universitárias, sem chances de concluir a graduação!   Ouço todos os tipos de musicas, mas algumas realmente me causam náuseas e me desperta uma fúria que chego a me assustar com meus pensamentos e vontades !!!  É preconceito? Pode ser, não sou perfeita!  Quando não era a música, era a guia turística em seu bla bla bla infinito sobre como proceder no hotel, das pulseirinhas que seria colocada em todo o grupo. Enfim, subestimam as pessoas de melhor idade que já viveram o bastante para saber de detalhes tão  aparententemente insignificantes! Creio eu.   Enfim, mas a nossa jornada só está começando e a ansiedade de conhecer uma cidade que jamais pensei que conheceria só aumentava, apesar de algumas frustrações e mal entendidos (normal enquanto coletivo de pessoas) nada que perdesse o brilho e encantamento de chegar a essa localidade. Pense que graça de cidade!  A igreja, as praças (muitas praças) a cordialidade das pessoas, do comércio local. Amei!  Na oficina, uma clientela pra lá de especial: alunos do EJA, onde a maioria nunca tiveram contato com uma oficina de teatro e a maestria do Chicao Santos fez toda a diferença nesse primeiro dia, onde primeiramente contextualizou a todos sobre o trabalho, o ofício de cada um, a cultura e o “ser”, a partir daí, deu se o diálogo e a oficina transcorreu da melhor forma possível. No segundo dia, oficina só a noite e durante o dia caminhar, caminhar por ruas estreitas e prédios antigos, ruínas e terra  vermelha!  Já não tenho mais pra onde andar, onde ir... resta sentar no banco em frente ao hotel e observar o movimento dos transeuntes. Dentro de mim, apesar de estática, o movimento interno insiste em não parar! E não parou mesmo. Tenho dificuldades em me aquietar, mas não desisti. O clima maravilhoso me recompôs e trouxe alívio aos meus olhos altamente míopes... To vendo tudo mais claro e com outro olhar. Ansiedade no dia da apresentação pq sou ansiosa mesmo e aconteceu, foi maravilhosa e especial...  público atento, generoso, um pouco assustado mas entraram no jogo e se deixaram levar pela história, pela cena. O bate papo foi muito bom, os que ficaram, ficaram inteiros, falando sobre o que viram, o que sentiram e como foi diferente de tudo que já viram. A imagem e fala de dona Maeli resume pra mim a imagem dessa cidade, das mulheres que vivem aqui e das histórias que também ouvimos. Mais uma vez a arte me mostrando para quê e o pq aqui viemos.  Tem coisas que acontecem e que não entendo na hora o pq... mas depois da apresentação, tudo fica mais claro! Que chegue logo Goiânia, nossa próxima parada  que venha outros Poconés para me chacoalhar e me fazer aquietar um pouco... ou não.

Agrael de Jesus

Viagem de translado de Cuiabá a Poconé tranquila, conhecendo um grupo de turistas da melhor idade. Muita risada pela impaciência de alguns com o falatório chato e repetitivo da guia. Musicas de bordo chatas e também repetitivas. Sem querer conhecemos o Hotel Sesc Pantanal, decepção,   retorno a Cidade porta de entrada e Capital do Pantanal mato-grossense. A expectativa decepcionante, frustração, desgosto.  Instalada no hotel escala só me restava descansar para o dia seguinte. Apesar da cama, colchão e roupas de cama estarem em ordem, no quarto exalava um cheiro fétido de novo e algumas cositas mais.
Noite angustiante.
Manhã tranquila, a noite oficina com um público que não sabiam onde estavam, o que e porque estavam ali. No final deu tudo certo. Segundo dia de oficina, a turma mais receptiva. No dia do espetáculo muitos dos que participaram da oficina estavam presentes. Muito bom. Sinal que algo mudou na percepção deles. Espetáculo fluiu, desconforto por parte de algumas pessoas da plateia. Coisa normal. Objetivo alcançado. Bora, Goiânia nos espera.

Edmar Leite
Dia 1

Embarque tranquilo. Comandante Farias performando  suas boas vindas! Kkkkk Animação total. Voo tranquilo demais. Buenas... ué, cadê? Recepção calorosa, música ao vivo, indo de excursão para Poconé! Bus On! Eita Pantanal! Chegada em Poconé, passagem por ela. Nera.. De volta pra Poconé... tempo que fechou. Dia inteiro de viagem. Instalados. Pronto pra amanhã!

Dia 2

Dia amanheceu friozinho! Reconhecendo os arredores, busca  dos básicos. Cidade que resgata memórias, interiores, casa de vó. Calmaria. Recepção boa. Almoço muito bom, comidinha caseira. Reafinamento. Primeiro dia de oficina, turma grande do EJA, diversa, muitas experiências, conversa boa, início dos contatos, contextos, realidades, jogos funcionaram muito bem, ótimo começo! Que venha amanhã!

Dia 3

Amanheceu calor. Conhecendo mais a cidade. Segundo dia de oficina, ainda mais gente. Interação, trocas, animação, conhecimentos! Tempo desacelerado. Memória de infância.

Dia 4

É hoje! Montagem tranquila, equipe massa. Mesa de luz familiar, igual a nossa do Tapiri, daora! Apresentação fluiu crescente. Força, leveza, conexão, comunicação. Recado foi dado. Bate papo bom, relação com a cidade. Embalamento. Prontos pra partir.

Dia 5

Saída de Poconé! Cidade tranquila, com clima de nostalgia. Até mais ver.

Flavia Diniz
Viagem tranquila de MS à MT. Chegando em Cuiabá, fomos recebidxs com música ao vivo!
Maravilhoso. Em seguida, fizemos uma pausa para o almoço e partimos para Poconé. Durante a viagem fui observando a paisagem, o pantanal. Estava curiosa pra sair do ônibus e ver se era neblina ou fumaça. Chegando ao sesc pantanal, destino de outras pessoas que estavam dentro do ônibus, fazendo uma excursão, senti o clima úmido e a neblina. Estava frio. E por fim, chegamos ao hotel.
Interior, tudo perto e as pessoas se conhecem. Quando chegam pessoas de outra cidade, os moradores logo notam. Fomos jantar e depois voltamos para o hotel.
Dia 2
Manhã fria. Andando pela cidade, as pessoas perguntando de onde éramos. O clima já estava esquentando. Primeiro dia de oficina. Alunxs do EJA, galera afinada nos jogos teatrais. Algumas pessoas estavam tendo o primeiro contato com os jogos. Foi muito bom.
Dia 3
O frio já havia partido. Me sentindo em porto velho, tudo estava quente, até a tpm. Conhecendo um pouco o interior, as pessoas são bem receptivas já sabem que você não é daqui. Sempre perguntando de onde veio...
Segundo e último dia de oficina, @s alun@s e professores estavam mais à vontade, até mais comunicativos. Eles estavam ansiosos para o espetáculo. Fiquei feliz pelo o retorno da turma. Tod@s sempre abertos, entregues para o jogo.
Dia 4.
Poconé e seus 35ºC. Dia de apresentação. Concentração. Friozinho na barriga. Após o almoço, parece que o tempo vôo. Com o espaço em que apresentamos, a configuração do espetáculo ficou mais intimista. Com o tema do espetáculo, senti que foi um murro no estômago para a maioria dos homens. Missão cumprida. O bate-papo maravilhoso. Infelizmente todas as mulheres se identificam com espetáculo. Mas é isso, enquanto for preciso falar sobre, iremos lutar.

Chicão Santos

As coisas não são como pensamos e sim como nos sentimos, plagiando Fernando Pessoa para iniciar a descrição das minhas sensações ao chegar em terras poconeanas. Uma série de sucessivas falta de informações nos levaram ao Hotel SESC Pantanal em meio a um grupo de turistas, das cidades paranaenses: Curitiba e Ponta Grossa... Uma pena para a pessoa que nos recebeu naquele local/paraiso/hotel... Entre solavanco do ônibus/ferradura/ferro/ignorância, como categorizar num ambiente/meio, onde há poucas chances de proliferação do quadrupedalismo e sim de rastejantes. Passado esse momento da extrema indelicadeza humana, retornamos a cidade de Poconé e fomos hospedados no Hotel sonoro Skala. Ainda sobre os efeitos de um turbilhão de sangue correndo nas veias e a aceleração perturbadora do coração e da alma. Bem assim... e ainda um frio que nos acompanhou desde Campo Grande ajudou na calmaria oceânica avermelhada.
Uma coisa é certa: a vida nos impõe desafios e somente a educação, a capacitação continuada e permanente é capaz de criar condições no ser/ofício para enfrentamento dos obstáculos. O mais importante projeto de circulação da América Latina, o Palco Giratório, é capaz de fazer escola ou você aprende a trabalhar na diversidade ou fica pelo meio do caminho. O Palco gira e o mundo gira com a gente, são pessoas de uma grande rede de intercâmbios dos que fazem, trabalham, conduzem, orientam, estimulam, criam, ensinam, pensam... As pessoas precisam dessas equações pedagógicas para compreender esse universo/diverso de um País/Brasil continental. Informação não pode ser objeto de luxo ou produto de escassez nas prateleiras do marketing cultural ou da vida cultura de um projeto/organização, aqui ocorreu com uma frequência, não recomendadas nos manuais de produção/gestão, aí talvez, para o publico certo, a segunda opção de oficina do O Imaginário seria apropriada, produção/gestão de nosso ofício. Mas as coisas também começaram a se encaixarem quando Poliana Analista de Cultura do Sesc Poconé assume/presente a produção local.
A oficina o ator criador e a cena atende um grupo muito especial de alunos da educação de jovens e adultos (EJA). Pessoas de diferentes idades/interesses, mas estimulados pedagogicamente e com uma boa comunicação da arte interpretativa aguçaram os sentidos e aumentou o grau de interesse para as 08 horas de oficina, estampados num universo do lúdico/jogo/dinâmica, onde corpos/memorias derramados nos espaços do salão/oficina. Os desafios de educar jovens e adultos no Brasil não é uma das tarefas mais remuneratória do interesse professoral, mas é sem dúvidas, uma política pública  importantíssima para zerar o analfabetismo funcional/digital/cultural/artístico... E melhor a qualidade de vida/desenvolvimento. Um terreno semiárido e vulcanizado pela falta de interesses público/social. O teatro é uma ferramenta monumental de transformação silenciosa e eficaz nesta reparação secular de exclusão e negativa de direitos constitucionais. A arte/cultura são direitos fundamentais do individuo/povo/brasileiro garantido na Constituição Federal.
O salão/teatro já recebia a estrutura para receber cabos, refletores, gelatinas, cores e luz, lembrando frases de outros tempos que “tudo pode ser transformado”. E assim o salão vira cênico/espaço afinado e na sua forma retangular ganha acentos/cadeiras. Tudo pronto para o momento esperado.
A cena é aberta... o espetáculo se inicia sobre os olhares atentos daqueles mesmos Jovens e Adultos (EJA) da oficina, talvez uma primeira vez no teatro/espetáculo, uma garantia que o SESC faz tão bem, o de promover o acesso das pessoas ao teatro como uma garantia dos direitos individuais/coletivos. E a cada efeito/kriptonita das mazelas ali denunciadas pelas atrizes e testemunhadas pelas mães e filhas/filhos dos tempos infortuno do progresso mineração do território/chão/pantanal. Neste caso o resultado do garimpo é a reflexão, a inquietação, a inconformação/desacordos com os acontecimentos sociológico-impostos à vida.
Desta forma entendo que esta aqui com As Mulheres do Aluá é um acerto da curadoria do Palco Giratório 2018, tecer e estampar temas da vida fragilidade de mulheres, como feminicídio, pedofilia, abusos e violência sofridas por esses corpos/mulheres/crianças presentes na nossa sociedade.
Saímos de Poconé – MT com a certeza que devemos fazer muito mais para melhorar a condição de cada um de nós neste planeta. O teatro é um recurso importante. Não salva, mas transforma. Até breve Palco que gira e que (muito) reflete.











terça-feira, 7 de agosto de 2018

DIÁRIO DE BORDO - CAMPO GRANDE - 01 A 05 DE AGOSTO



 

Zaine Diniz
“Eu carrego dentro do meu peito Um coração sincero que sabe te amar Quando escuto a sanfona tocando me vem a saudade eu começo a lembrar”   Assim diz a canção de Renato, o Teixeira, assim me sinto. Chegar no MS, na cidade morena foi especial, minha terra natal, da onde fui embora há 28 anos atrás. Em RO, construí minha vida, minha família, criei minhas filhas e meus cachorros... mas o MS sempre foi e sempre será aquela terra especial.   Apresentar no palco do Teatro Prosa teve esse sentimento de pertencimento, de origem e vivi esse momento com toda minha energia e emoção . Revi meus familiares, encontrei amigos, fiz novos amigos, provei das delícias dessa terra, aproveitei cada instante desse momento tão precioso que a arte me proporcionou mais uma vez. Foi intenso! Do nosso ofício, é preciso refletir, avaliar cada apresentação pra procurar sempre o melhor, sempre , sempre! Continua a nossa jornada , a oficina de Produção foi show. Os participantes muito ligados nas informações do mestre Chicão Santos que com muita sabedoria consegue transmitir e cativar a todos onde compartilhamos experiências do nosso ofício. Enfim, chegou o dia da partida com friozinho bom demais, chuva (tão esperada por todos) e saudades de montão dessa terra tão “vermelha”... de chão ... de coração.

Agrael de Jesus

Madrugada de 01 de agosto, mais um embarque para mais um circuito do Palco Giratório. Destino Campo Grande. feliz e ansiosa. Chegada tranquila. Conhecer o mercado, camelódromo e casa cultural. Reencontrar amiga e familiares. Jantar com os mesmos, tendo o prazer de apresentá-los aos colegas de trabalho. Apresentação maravilhosa teatro cheio e a presença das amigas Velhos Tempos. O bate papo pós espetáculo fluiu lindamente, público selecionado, interessados, conhecedores e questionadores da problemática que assola o mundo: O Pensamento Homem. Amei tudo. Os dois dias de oficina não foi sem o mesmo brilho. Conhecimentos nunca é muito. Partindo de Campo Grande para Poconé, de uma metrópole para uma cidade do interior. Dois Estados, realidades diferentes. A vida segue. O circuito está só iniciando. "Levanta a Cabeça Princesa se não a coroa cai". Avante. De cabeça erguida e no foco.



Edmar Leite
Dia 1 Preparativos, expectativas, ansiedade, pensativo.. Início da maior fase desse Palco. Embarque tranquilo até.. Voo calmo até, ouvi dizer que o trecho até BSB deu turbulência braba.. nem vi nada, acordei só quando pousou. Catioro no avião. Chegada de boas. Friozinho bom. Buenas César e ... Um café reforçado no Mercado, buscando identidade e reconhecendo o terreno. Instalados. Mais terreno reconhecido. Aventuras pela água. Recepção na casa da dona Roseli, amiga de Agrael e agora nossa também, muito massa!

Dia 2 Dia amanhece menos frio. É hoje! Almoçar e Partiu Sesc! Buenas seu Raimundo! Espaço muito bom, equipamentos de primeira! Mesa familiar, do mesmo tipo do nosso Teatro 1. Refletor novo pra mim, Brute e de novo LED's que dimerizam bem \o/ Buenas Thiago e Luís, a montagem ocorreu numa boa, galera massa. Primeira apresentação dessa etapa maior. Apresentação foi uma crescente! Bate papo show. Bom recomeço!

Dia 3 Pensamento girando.. Primeiro dia de oficina, galera querendo aprender! Boa troca! Amanhã tem mais. Final do dia. Recolher. Reestruturar. Reinventar.

Dia 4 Dia chuvoso. Segundo dia de oficina. Muito proveitosa. Valeu.
Mesmo fuso horário de pvh..

Dia 5 Partida. Cidade grande, tranquilidade de interior. Cidade organizada. Bonita. Tchau araras! Até breve Campo Grande!

Amanara Brandão
Só conhecia esse Campo Grande de passagem, nas minhas tantas viagens com minha mãe, mas ainda não tinha feito morada por aqui. E foi muito boa a recepção, a Roseli e sua família (amiga da Agrael) nos fez sentirmos em casa, tamanha receptividade e carinho. Como de costume, ficamos bem alojados no Centro da cidade, dia 2 quinta-feira foi dia de apresentação, e o Teatro Prosa lotou!!! Uau! Que público lindooo, que nos acompanhou interessados até o bate-papo pós espetáculo; no público tinham colegas de ofício e mulheres poetisas que, particularmente, me trouxeram muita força em suas presenças e falas nesse momento de troca. Somos muitas e estamos juntas! Nos dias 3 e 4 aconteceu a oficina de gestão cultural, no Sesc Cultura (que estrutura, hein!! E quanta simpatia do Caio, que nos recepcionou), e as 8h pareceram pouco pra tanta informação, provocação.... um verdadeiro brainstorm! Parto, nesse dia chuvoso e de tempo fechado, com o coração aquecido e fervilhando desejo de vida. Grata, Mato Grosso do Sul!

Flavia Diniz
Ansiedade. Chegando em Campo Grande, fomos tomar café da manhã num camelódromo. As pessoas deste lugar são carismáticas.
Andando ao redor do camelódromo, conheci a casa do artesão. Obras maravilhosas!
Hotel. Almoço. Descanso.
À noite, conhecemos uma família maravilhosa! Amiga de Agrael, Roseli. Nos recebeu muito bem! Tinha até opção vegetariana pra mim e para a Amanara. Noite de muita conversa.
 Dia 2. Ansiosa. Dia de apresentação.
Acordei mais cedo e um pouco pensativa.
Hotel. Almoço. Partindo para o teatro.
Tivemos uma boa apresentação. O público maravilhoso! o bate-papo melhor ainda. Reencontramos o amigo do grupo O imaginário Maracangalha, Renderson. Fomos sair para jantar com a nossa amiga Roseli. Sempre muito simpática. Hotel. Descanso.
Dia 3.
Acordei animada para a oficina. Tive o prazer de conhecer o parque das nações indígenas.
Almoço. Partindo para a oficina. 4 horas de oficina. Foi muito produtivo!
À noite fomos jantar na casa da amiga Roseli.
hotel.
Dia 4. Último dia de oficina. Já estava com saudade da correria de Campo Grande. Dia Chuvoso.
Após a oficina, fomos para o hotel. Depois saí para uma pizzaria. À noite estava fria.
No dia seguinte, hora da partida. Clima ameno.

Chicão Santos
Uma mistura cinzenta no céu e avermelhada no chão... Frio seco!!!!!
Um salto do planalto para o frio curitibano antes da partida para Campo Grande. Em Curitiba matar a malvada saudade da filha querida. Foram dias de carinhos e afetos. Tudo guardadinho no coração. Passeios/meseus/feiras/lugares e até a praia fria. Tudo passou na velocidade da luz. E agora 31 do julho lá vou eu e estou rumo ao encontro dos “imaginários” na bela Campo Grande. Desta vez uma escala em São Paulo/Guarulhos para quebrar a rotina. Das alturas (bem de cima) vejo nuvens brancas e um céu todo ensolarado. É chegada a hora de encontrar os demais integrantes do Projeto Palco/As Mulheres do Aluá. Aguardando a chegada.... do alto dos céus.
Ainda no 31 do mês que se finda... no desembarque estava a minha espera o incansável homem cênico/maracangaia das lutas Fernando Cruz não demorou muito e já estávamos em sua residência e a conversa se estendeu por longos e longos tempos entre um sorriso e uma pausa para atender o barão/cachorro e uma conversa com as mulheres/companheiras de rincões distintos Brasil/Uruguai, uma percorrida pelo centro da cidade para efetivar o arco burocrático/selodigital e uma visita aos SESC´s Barão/Bais/Cultura/PROSA. E neste momento de reflexão/movimento entre Imaginários já estávamos com o pensamento no travesseiro embebecido pelo sono.
Dia primeiro do à gosto (agosto) nós nos integramos/O Imaginário com todos, uns de Curitiba/Fátima do Sul/Porto Velho... uma rápida passagem pelo mercado municipal para ver as cores/grãos e um café. Misturas de ervas e conservas tudo empilhados e arrumados... um mundo multicor. Na noite que se segue deste agosto uma recepção nos recém feitos amigos Elson/Roseli/Sofhia/Natalia/Manuela num encontro/encanto com os produtos da tradição pantaneira de Maracaju. Uma noite encantada de um lugar de som/luz e muita sofisticação criativa, um brinde aos encontros e as novas e eternas amizades. Receber o eterno estado de espírito...Assim fomos recebidos pelos amigos/irmãos de Agrael.
No dia 02 uma manhã seca de um céu/chão avermelhada sem chuva/frio seco num azul matinal. Ao entrar no Teatro Prosa, do lado do horto para a montagem um encontro com essa rede de espaços/técnicos/profissionais dos SESCs Tiago e Luiz nos receptivos, que orgulha a gente pelo Brasil afora e estava tudo montado e pronto para a apresentação. Houve tempo... ouve sons novamente no Mercado Municipal para revisitar as bancas coloridas e gentes/gentis o tempo inteiro oferecendo produtos e coisas da terra mato-grossense. A cena é aberta e o público vai ocupando os lugares dos buchichos e rangidos das poltronas/bancos do prosa e a cena se celebra com público/conexão/debate.
Num instalo entre conversas e parafusos (des) rosqueados a desmontagem ocorria e terminava a função... Tudo na VAN/CARRO.
Outra manhã se anunciou e o aspecto do tempo não se alterou na capital o seco/avermelhado na ida ao médico/natureza e já revisitava o material da oficina para que na tarde seja produtiva e capaz de criar as condições entre os colegas/profissionais da cênica.
Depois de 8 horas, em cada dia do 3 e 4 do agosto, são horas de exposição de ideias/desejos de projetos /formatação/fontes de financiamento /produção/gestão /arranjos/economia solidaria/criativa/leis/decretos/portarias/resoluções/sistemas. Duvidas e inquietação/conselhos e conselhos. Choque na gestão e no jeito de fazer/pensar a produção/gestão. O tempo passou rápido e a sensação é que 8 hs foi pouca. Muitas dúvidas permanecem nas mentes e nos blocos de anotações de cada um dos participantes. Que bom!!! Que muito bom!!!
Agora já estamos nos céus voando para Cuiabá/Poconé/Pantanal com uma performance/anunciada de boas vindas do nosso querido comandante/Azul da Embraer... “As coisas que a gente vê não é o que realmente vemos... E sim o que sentimos. Partimos #asmulheresdoaluá #palcogiratório2018.