sexta-feira, 27 de julho de 2018
terça-feira, 24 de julho de 2018
DIÁRIO DE BORDO - BRASÍLIA 19 A 22 DE JULHO - PALCO GIRATÓRIO 2018
Diário de Bordo Brasília - de 19 até 22/07/2018
Edmar Leite
Taguatinga...Dia 1... Pensativo. Partida
tranquila. Chegada de boas. Buenas Carol! Muitas asas, muitas e muitas luzes,
árvores, pontes, túneis, viadutos, entradas e saídas. Chegando e logo indo
prestigiar um espetáculo local depois de um bom lanche uma das melhores pizzas
que já comi na vida (sabor único e simples, o lugar existe desde 1960 e já
trouxe o sustento de quatro famílias), um mini tour pela city, teatro e depois
descanso. Similetudo, ambientação envolvente, luz sensível e exata. Início
impactante, desenvolvimento crescente, forte, integração tomando o lugar da
exclusão, conexão, minimalismos, exatidão, unidade. Dificuldades e diferenças
dependem apenas de nós mesmos. Foi lindo. Bela recepção, bom pé direito em BSB.
Um vislumbre do Palácio no horizonte.. Agora partiu Taguatinga. Difícil não
lembrar do tal João de Santo Cristo. Descanso.
Dia 2... Dia começou mais
frio. Pensativo pra variar. Reconhecendo os arredores. Almoço e partiu
montagem. Buenas, João do Som e Leo da Luz. Montagem ocorreu tudo bem. Nova PAR
reconhecida, source. Aguardando o momento. Teatro aconchegante, boca de cena
larga. Espetáculo aconteceu. Fluiu. Nós desatados. Evolução. Reencontro com Zé
Regino! Família do Chicão marcando presença. Arrumação e embalamentos. Jantar com as brodinhas. Hits. Reconhecendo
terreno. Cidade de muitas ruas, largas e iluminadas, simulação do dia.
Organizado até demais.. Dureza. Aspereza. Carros são priorizados? Volta e
descanso.
Dia 3... Friozinho bom de novo. Pensativo (novidade).
Manhã boa para reflexão. Agora sim um grande tour por BSB. Oficina à tarde.
Turma boa. Troca. Experiências. Reencontro com a Maíra. Aprendizado bom.
Despedida da Cidade. Passeio e jantar com as brodinhas. Poeira. Cidade de
estruturas exageradas. Passagem rápida porém intensa.
Dia 4... Volta pra casa. Até breve Brasília!
Agrael de Jesus
Brasília/Taguatinga. Partida de Porto Velho na tarde do dia 19/07,
sol escaldante, expectativa é porque não dizer um pouco de ansiedade. Chegada à
Brasília, clima ameno, recepção calorosa e amigável da Carol. Trajeto com
destino ao hotel em Taguatinga, modificado indo diretamente tomar um lanche
(jantar) e em seguida ao Teatro Garagem, assistir a uma apresentação de dança
onde se inclui também pessoas com necessidades especiais de vários graus.
Integração, desenvolvimento e conexão total. Show de espetáculo. Foi
emocionante. Fiquei impactada, extasiada. Finalmente no hotel para o descanso
merecido, sem antes dar uma organizada no material do TCC e uma passadinha no
texto. Noite fria. Manhã de sexta feira, acordar cedo, café da manhã para
reanimar, voltar ao quarto, concentração. Almoço nos arredores do hotel. As 17
hs ir para o tratro: Teatro Paulo Autran, espaço lindo, aconchegante. Organizar
o material de cena, por o figurino, aquecer corpo e voz. Espetáculo fluiu bem ,
bom e interessantes. Presença de alguns amigos comuns, amigas da Zaine e da
família do Chicão. Sem contar a presença do nosso amigo irmão Zé Regino. Bate
papo proveitoso. Após arrumação e embalagem do cenário, uma passagem rápida no
hotel e sair para procurar algum lugar onde se possa comer. Em Taguatinga, na
região do hotel que ficamos, os restaurantes e lanchonetes fecham à meia noite.
Incrível,
Manhã de sábado livre,
pequeno tour, preparação para a oficina
que será das 14 às 20hs. Bom público, interessados e antenados. Final de
oficina a visita da nossa querida amiga Maíra, atriz competente, pessoa encantadora.
De volta ao hotel, correr para comer alguma coisa na redondeza, retornar ao
hotel, fazer as malas. Viagem de volta tranquila. Chegando em Porto Velho,
avião taxiando, recebo a ligação do meu filho dizendo que não poderia me pegar
no aeroporto, pois acabara de sofrer uma tentativa de assalto, os bandidos não
obtendo êxito fugiram em uma motocicleta, atiraram para traz e um projétil
acertou o carro, perfurando o radiador. Grande susto. Manter a calma
aparentemente. Ele estava bem, não tinha se machucado, ferido. Ato continuo
conseguir carro para transportar o cenário até o Tapiri, tendo a grande ajuda
do amigo e companheiro Ismael. Cenário guardado, pegar carona com minha amiga
Fabiana para me levar em casa e certificar que meu filho estava bem. Agora
tentar relaxar. O susto foi grande. Deus no comando sempre. E que venha o
próximo circuito.
Zaine Diniz
O que tem Brasília de tempo
seco, tem de gente doce e acolhedora!
Nossa passagem por Taguatinga foi como um bálsamo para o corpo e alma.
Logo de chegada fomos direto assistir a cena local no lindo e aconchegante
teatro Garagem SIMILITUDO me fez
reforçar minhas crenças sobre a inclusão de pessoas com deficiência, e de
quanto a arte é importante para todos nós: com ou sem deficiência! Na sexta,
nossa apresentação. Na plateia: público espontâneo, artistas, parentes e amigos
queridos. A arte continua nos surpreendendo com tantos encontros valiosos. Seguindo nossa jornada, no sábado fui almoçar
com amigas conterrâneas, as lembranças de uma época tão importante da minha
vida me deixou com saudades da minha terra natal Mato Grosso do Sul. Na oficina
de 6 horas corridas, o encontro para trocas aconteceu de forma plena e revigorante,
onde pudemos compartilhar memórias, histórias e conhecimentos. No grupo, Lúcio
nos ensinou que ter um síndrome de Down junto ao grupo , agrega e soma para o
nosso exercício de SER HUMANO de ser
especial. Domingo, dia de retornar. Não sou a mesma que chegou nessa terra tão
especial . Gratidão DF.
Flávia Diniz
19/07... Tenho a sensação de
que o aeroporto de Brasília é minha segunda casa. Pra ir à esquina, temos que
fazer conexão em Brasília. Viagem tranquila. Ansiosa para chegar em Brasília.
Na nossa primeira parada, conheci uma pizza maravilhosa. Tinha muita massa. A
massa era massa! Na segunda parada, assisti um espetáculo muito lindo, poético.
Do caminho do teatro para Taguatinga, estava pensativa. Frio. Cansaço. Ansiosa
para o dia seguinte.
20/07... Manhã fria. Da
janela do hotel só via carros. Poucas pessoas nas ruas. Ruas largas. Prosear
com a amiga de quarto, sempre me deixa pensativa. Isso é bom. Caminhei um pouco
perto do hotel, observando as pessoas, os comércios. De volta para o hotel,
descansar. Ansiosa para a apresentação. Chegando ao teatro, já estava sentindo
um friozinho na barriga. Adorei a apresentação. Bate papo maravilhoso.
Reencontrei o amigo Zé Regino. Aquele abraço apertado. Matamos a saudade.
Conheci a família do Chicão. Pessoas maravilhosas.
21/07... Conhecendo um pouco
Brasília. Uma Tour com o guia Daniel. Só via carros, blocos. A cidade parece
que foi planejada para afastar as pessoas. Durante a oficina, conheci pessoas
simpáticas, que estavam abertas para o jogo. Cada um com sua potência.
Reencontrei Maíra, pessoa maravilhosa. Matamos a saudade! A noite estava fria.
De Taguatinga à Brasília, vi um pouco a arquitetura da cidade. Cidade composta
por ruas largas, muitos carros, motos e blocos/prédios.
22/07... Voltando para casa.
Já sinto saudade dessa cidade. A experiência foi boa. Adorei apresentar no
teatro de Taguatinga. Manhã fria. Muito pensativa. De volta a minha segunda
casa, aeroporto de Brasília. Viagem tranquila. Chegando em Porto Velho, já pude
sentir aquele climão, calorzão, solzão.
Amanara Brandão
Eita, Distrito Federal...
finalmente minha estada por aqui foi mais que algumas horas dentro do aeroporto
esperando por conexões de vôos. Na quinta-feira foi muito inspirador ser
recebida pela Carol (sorriso e olhar cheio de luz, que nos recebeu com tanto carinho)
e assistir ao espetáculo Similitudo, no Teatro Sesc Garagem, trazendo pra cena
a questão da inclusão e povoando minha cabeça com questões como "o que é ser especial e o que é ser
normal?" "Existe um padrão de normalidade que seja confiável?"
etc. Por fim, uma breve viagem a Taguatinga, onde ficamos hospedados nesses
dias de capital federal.
Sexta-feira, dia de
apresentação, e eu acordei me sentindo tão saudável e cheia de vitalidade, e
fiquei nessa energia pelo dia todo, em concentração no hotel até 17h, quando
fomos para o Teatro Sesc Paulo Autran, onde Chicão e Edmar já estavam desde as
14h, montando luz e cenário. A apresentação foi muito enérgica, na plateia
tínhamos gente demonstrando muito interesse para com o trabalho e também amigos
que vieram nos prestigiar, fiquei muito feliz em reencontrar meu amigo Milton
(amizade fruto de nossa busca em comum pela permacultura) e o grande Zé Regino,
referência no Teatro nacional.
Sexta e sábado em Brasília
também estava acontecendo o Festival LGBT+ Bocadim, trazendo a visibilidade e
resistência através da música, onde pude prestigiar artistas que fazem parte da
comunidade lgbt colocando a voz, talento e força em cena, nos fortalecendo
nesses tempos em que o preconceito se faz tão latente querendo nos fazer apenas
mais uma vítima fatal, mais uma estatística.
Sábado foi dia de uma volta
pela capital federal, perceber toda essa arquitetura feita não sei pra quem
(tudo tão grande, acho que é um projeto alienígena para população gigante ou
sei lá o que) mas a paisagem natural é tão linda (e a Maíra me contou que em
BSB os prédios têm um limite de altura, que é pra não tampar a vista do
horizonte), fiquei a fim de voltar outra hora, pra conhecer mais das belezas
naturais. Sábado teve nossa oficina, 6
horas seguidas de troca com uma turma diversa, rica de material humano, onde
sempre saímos transformados... É aqui onde tudo isso, toda loucura e canseira,
vale a pena pra mim: o encontro.
Chicão Santos
19/07 – Um dia todo de
preparativos para sair de Porto Velho. Corre, corre – junta médica do
Estado/processos formalizados/limpeza do Tapiri no pós obra/desliga
isso/desliga aquilo/prepara material/limpa o quintal/enfim tudo resolvido. E lá
vamos nos pós almoço para o aeroporto. Já exausto nas primeiras horas de um dia
que só começou... Tudo na aeronave e partiu DF. Um voo/repouso e já tocando o
solo/capital federal. No receptivo a encantadora Carol (artista multi work). Tudo
na van do nosso motora/anjo Daniel e logo no caminho uma parada para uma
refeição/lance/caldo/pizza e ali mesmo define-se uma programação especial pra
noite que se celebra na Brasília de Juscelino. Um momento histórico do ato de
revisitar o passado pelo Teatro Garagem do Sesc/Brasília/DF. Um lugar de
memórias, histórias da cena/cênica da cidade, 40 anos de história/encantos e movimentos.
As pessoas mudam o mudando essa máxima encaixou
perfeitamente na recepção de TARZAN e TONI SAMPAIO (gente boa demais. É
o tipo de cara que o mundo precisa, tranquilo. Não se mete em problemas, diz
Elias Rodrigues). Na garagem da história, na espera do presente cênico... a
conversa com Toni revigora os tempos passados e os registros materializados no
presente/livro dos 40 anos do Teatro Garagem, coisa agradável a troca/conversa
com pessoas sensíveis e flexíveis desse
mundo duro/desses tempos nebulosos/obscuros da nossa história de brasilidades.
As luzes refletidas em relógios que param o tempo e entre passos e
deslizamentos de corpos/ruídos que se entrelaçam nos movimentos dos corpos
diferentes diversos, flexíveis e soltos
no campo cênico. Fértil, com fluidez pelos caminhos recortados pela história do
palco cênico. Um espetáculo com uma força humana/cênica que revela a força da
arte/inclusão. Corpos na dança/movimento que embalou nossos espíritos humanos
para o campo da reflexão.
Chegamos no hotel para o
devido descanso. No dia seguinte (20) acordamos entre meios a conversas e
sonoridades que vinha de um frio soprado pelo vento do planaldo central e nas
conversas que misturavam fragmentos de interesses e religião. No pós café...
uma caminhada pelos arredores do hotel para comprar pasta de dentes, água e
frutas/dietas do corpo.
Na tarde a montagem no
Teatro Paulo Autran corre na velocidade com conversa entre Joãozinho (um mestre
do som) e o Leonardo (o homem/luz)... entre uma curiosidade e uma informação sobre
equipamento eu e o seu João já até circulavam pelo centro de Tagua em busca de
um “case” ou Gabinete para os módulos de potência do TAPIRI. Entre um movimento
de luz e som, já era o momento de iniciar a apresentação de “As Mulheres do
Aluá”. A plateia se completa com parentes/meus queridos sobrinhos e amigos de
longas datas e da arte da palhaçaria. Zé Regino presente e meu parceiro de cena
das antigas, Elias Rodrigues que já não via de longas datas. A cachaça de Jambú
marca esse encontro super especial. O debate percorre os olhares atentos dos
poucos/curiosos que ali permaneceram com
uma conversa do trabalho cênico dedilhado/tecido pelas 4 mulheres na cena proposta.
Material embalado... partimos para o hotel.
O Frio cortava meu corpo
pelos tecidos da história... e neste dia 21 de julho a sensação é de encontro histórico,
pois a exatamente a 40 anos eu riscava
algumas ações físicas/politica/poética na cena brasiliense.
A oficina do ator criador e
da cena me remetia aqueles dias representativos de 1978, nas
quadras/super/quadras e nos anfiteatros das escolas do cruzeiro novo/velho. Veio-me
também a lembrança a encenação do 7 de setembro em 2012, do desfile e do maior
cortejo/espetáculo de brasilidade ao lado de Zé Regino, Amir Haddad e mais de
300 artistas/brincantes de ruía e de sonoridade/dramaturgia percussiva sobre a batuta
de Hugo Rodas no desfile Oficial do Setembro e com a coordenação de Sérgio
Bacelar. Foi uma das mais lindas experiências/cena do Teatro Brasileiro que já
participei. Tudo com mexendo com meu passado e minha cabeça/artista.
A oficina começou com o desacelerar
dos corpos e da descoberta de que tudo é dramaturgia (aquilo que esta perto e
próximo das mãos/visão/sensação). Onde nascem as memórias? Um mundo de
sensações /sensorial. Assim começou o trabalho exercitando os sentidos/aguçando
o campo sensorial para despertar as memorias. Uma descrição/exposição da trajetória
do artista/ator criador e da cena. Como enfrentar os desafios a arte/teatro em
tempos obscuros e de muito ruídos pela Cidade/País. Quem sou “eu”
representativo e “eu” do mundo real neste universo cênico/contemporâneo.
Relatos/vivências/experimentos
marcaram nosso encontro nas 6 horas plenas no palco do Teatro Paulo Autran em
Taguatinga – DF. Momentos ricos e de suma importância para nossa caminhada por
esse gigante PALCO que gira pelo Brasil afora. Até breve Brasília. Agradecido
ao SESC/DF. Felicitação ao nosso SESC/RO por acreditar no nosso coletivo e pela
confiança depositada. Fomos eternamente gratos. Até muito breve SESC/DF e nossa
linda capital federal. É só uma primeira passagem.
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