terça-feira, 29 de maio de 2018

DIÁRIO DE BORDO – RIO DE JANEIRO













DIÀRIO DE BORDO – RIO DE JANEIRO – 24 a 27 DE MAIO.
Local: Teatro da ESEM
Data 23/05 – 19h30
Local: ESEM
Data 26/04 – 18h30 – pensamento giratório – O Teatro em Rede

Zaine Diniz - Partindo de POA ,  a incerteza se decolaríamos devido às atuais circunstâncias q vive o país sem combustível!!!   Mas deu tudo certo e chegamos no Rio de Janeiro, que nos recebeu com clima ameno 19° muito caloroso.  Apresentamos no teatro do ESEM para um público jovem, cheios de curiosidade sobre o trabalho, sobre nosso dia a dia do ofício, e sobre o “Pensamento homem”. Foi muito bom trocar com eles. No Pensamento Giratório no dia seguinte, ouvir o mestre Chicão Santos explanar sobre as redes da Amazônia, do Brasil, com tanta propriedade e conhecimento, me faz ter certeza cada vez mais das escolhas que fiz na minha vida.  Em seguida, assistir o grupo Código, da Baixada do RJ  me confirmou essa certeza, ver atores tão jovens e tão potentes no seu trabalho cuja temática forte e cheia de verdades, me emocionou.  Enfim, Rio foi muita emoção! Evoé!!
Flavia Diniz - 1ª dia - chegamos no rio de janeiro dia 24/05, fomos direto para o hotel. 2ª dia - dia de apresentação! Academia. Almoço. Concentração. A apresentação foi muito boa e o bate-papo melhor ainda! Pós isso, fomos para o hotel. 3ª dia - Pensamento giratório. Tivemos a manhã livre. Fomos à praia. Minha segunda vez tendo o contato com a água salgada, com o mar. Almoçamos. Fomos para o pensamento giratório. Cada dia que passa aprendo muito com @s mestres/mestras, com as pessoas. Sou muito grata a esse projeto maravilhoso que é o palco giratório. 4ª dia - dia de despedida do rj. À tarde partimos para o aeroporto.
Agrael de Jesus - Diário de Bordo. E o Rio de Janeiro continua lindo.....bonito....violento ....é isso me entristece muito. Clima ameno, chegamos e fomos direto para o hotel, descanso, preparação e concentração.  Apresentação maravilhosa, casa cheia, plateia formada em sua maioria por alunos do ESEM. Concentração total é interesse em saber mais sobre o Espetáculo em si. Isso ficou evidente no bate papo pós espetáculo. No pensamento giratório presenciei um show do meu Mestre Chicão, numa demonstração de conhecimento e domínio do assunto abordado, deixando admirado e de queixo caído alguns globais que se faziam presente: No Norte se tem conhecimento. Foram momentos de congraçamento, aprendizado. Tô vivendo dias inesquecíveis em minha vida. Parabéns pra mim.
Edmar Leite - Rio de Janeiro 25/05 - 27/05 - Dia 0 - Ontem à noite chegamos ao Rio novamente, Perifa, Marielle Vive, não foi pelo cartão postal. O outro lado da moeda.. Mas, continua lindo, continua sendo... Buenas Andressa! Chegada no hotel, descanso. Dia 1 - Reconhecendo os arredores. Almoço, partida pro ESEM, que beleza de lugar, quem dera tivesse estudado numa escola assim, escola que respira arte. Olá Ludmilla. Montagem de cenário e luz. Tudo tranquilo. Valeu Timbó e Carlinhos. Buenas Léo, bom te rever! Meninas em entrevista no Palco. Passagem. Espetáculo foi ótimo e fluiu muito bem e bate papo também. Desmontagem e embalamento. De volta pro hotel. Dia 2 - Reconexão com o Mar. Treino de base. Pensamento Giratório - Teatro em Rede. Vicente - mediador Sesc nacional. Chicão: Contexto histórico, redes, festivais, macro. Alina - MATER: Rede do Estado, democratização da verba pública, fiscalização de venda de ingressos. Gustavo, formação de platéia. Daniel - MOVA: Registro, coletividade. Jorge, Covasc et al - Rede Baixada em Cena: Rede Metropolitana, fortalecimento, alternativa de renda, divisão de trabalho, organização. Liga do Teatro - Produtores. Discussão - Como viver da arte, Repensar e debater políticas públicas. Lei Rouanet é insuficiente? Precisa de política de estado. Se preparar pra debater com os políticos. Saber o que queremos. Mostrar o que queremos. Rico, esclarecedor, realidade, conexão. Com Teatro a gente pode alavancar a mudança. Eita elevador, prossiga.. Naquele instante.. Espetáculo muito bom. Teatro documental. Visitando casa de amigos. Luz sensível e poética. Cenário prático e eficiente. Memórias doces e amargas.. Comunhão. Proximidade. Intimidade. Sorte que... Um dia muito especial, completo. Preparar pra ir.. Valeu Ludmilla.  Deixar as malas no jeito pra amanhã.. Dia 3 - Reunião de manhã. Almoço. Terminar de arrumar tudo. Grato mais uma vez Rio. Até a próxima. Valeu Andressa. Partiu Macapá.
Amanara Brandão - 27 de maio de 2018, Rio de Janeiro - RJ. Clima de incerteza paira no país...  A única certeza que me habita é que nossa participação no Palco Giratório aqui pelo Rio de Janeiro está sendo de muito aprendizado e fortalecimento coletivo; dia 25/05 nos apresentamos no Teatro da Escola Sesc de Ensino Médio (Uau, que estrutura!!!), com a plateia predominantemente jovem, curiosa e a fim de debater o tema proposto no espetáculo, e ontem 26/05 participamos do Pensamento Giratório juntamente ao Mater(RJ) e a Rede Baixada em Cena(RJ), discutindo as Redes de Teatro numa conexão Rondônia - Rio de Janeiro, que bom saber que somos muit@s nesse fazer artístico de resistência, junt@s somos mais fortes e vamos mais longe, potencial de transformação evidente quando conseguimos nos reunir dessa forma para expor as dificuldades e buscar soluções juntos. Estar nessa cidade me traz a sensação de estar anestesiada... anestesia moral e emocional pra viver nessa terra tão maravilhosa e tão violenta; passar os dias tentando não lembrar que a qualquer momento balas perdidas podem encontrar nosso caminho, passar pela periferia, sentir o mau cheiro e o mau presságio de ter que lidar com tanta desigualdade, injustiça, tristeza... Em 2016, época do golpe, nós participávamos do Sesc Amazônia das Artes, e dessa vez (greve dos caminhoneiros) o Brasil em tensão e novamente estamos rodando esse país fazendo TEATRO! A nossa intervenção/revolução é poética e talvez mais real e eficiente que qualquer outra. Seguimos.
Chicão Santos - Rio-Galeão – o som dos pneus ao tocar o solo anunciava o pouso silencioso da aeronave na cidade maravilhosa. Percorremos linhas amarelas, vermelhas e de todas as cores no contraste de uma cidade/favela e ainda maravilhosa/feia que compõem uma arquitetura urbana tão distinta da pobreza extrema aos arranha-céus imponentes de uma metrópoles de estratificação/classes sociais, nada disso tirou o brilho dos nossos olhos e da sensação de retornar ao RIO para cumprir mais uma agenda do Palco Giratório. Ficamos.  Ficamos na Barra quase Tijuca, as acomodações escolhidas a dedo pela produção que não hesitou em nos colocar no Promenade, um flat de tamanha envergadura, com uma estrutura arquitetônica arrojada e que nos acolheu em seu equilíbrio Selva/pedra/floresta. Acomodações dignas, muito dignas. E o equilíbrio arquitetônico nos levou até o mar/praia da barra, o mar azul e suas ondas frenéticas misturam nossas energias e recarregam nossas baterias de sal/areia do mar. No caminho do hotel ao Sesc que é o lugar do ensino de médio e que nos acolhe no ESEM (Escola de Ensino Médio do SESC) e já estávamos com os cenários e todo material de cena no grande palco de um teatro italiano de magnitude e de beleza extrema/extraordinária com uma “plástica cênica” e seu som/acústico que aguça nossos ouvidos e nossas percepções. No receptivo Ludimila e no palco garagem Carlinhos e Timbó, amigos e profissionais do mais fino trato e de importância aquilatados/sábios do ofício e geniais das relações dos coletivos e do trabalho. A montagem transcorreu na normalidade e entre uma conversa e outra foi finalizada a luz. Luz que cortava toda a extensão palco marcava os depoimentos das atrizes: Zaine e Agrael para a memoria do DN – Departamento Nacional do SESC. O publico silenciosamente adentrou e se acomodaram nos 600 lugares da ávida plateia. As mulheres e o aluá se espalham pelas frestas da madeira do palco/sagrado do oficio do artista. Já na conversa do debate/troca e relatos de mulheres/meninas e atrás do corta-fogo a desmontagem do cenário corria a toda velocidade entre o derramar de caroços de milho de pipoca que ali caia e dava uma sonoridade no chão do palco. Na corrida e nas gotas frias da chuva. Já tinha tudo acomodado na Van/transporte para o hotel/hospedagem. O sono dos corpos cansados não esbravejava na noite fria carioca. No dia seguinte o sol/mar reflete no corpo notícias da greve anunciada/do petróleo/óleo/caminhão/patrão.
Na tarde destes 26 de maio a conversa se embalava pelas redes do teatro da floresta, da baixada e da brasilidade. Tudo e urgente, leis, normativas, renunciam... Lei Rouanet, futuro do conceito, do material e do imaterial, da obra e do conteúdo que circula e não circula pelos continentes teatro/casa vazias, reeducação de artistas/públicos/plateias... preâmbulos de garantias fundamentais. O pensamento é giratório com jovens e velhos conhecidos... Somos todos unidos lutar por pautas urgentes. O pensamento fica nos anis/memorias para fazer refletir o censo e o bom senso. Se correr o bicho pega se ficar o bicho come. Unir para enfrentar os obstáculos presentes e futuros. Depois um presente com nosso deleite o espetáculo da baixada, que temas  tem e que costurava com os temas já mostrados das vivencias das mulheres. Ver espetáculo reflexão com sonetos dramatúrgicos de veias jovens bem traçadas para jovens atores que não titubear no silencio e na palavra. Se é para refletir é assim que age nosso espaço/corpo. A noite finda. As questões são tantas e que permanecem no corpo e nas lembranças. Corpo que repousa e que transita na calmaria de mais uma noite silenciosa. 27 de março o primeiro pensamento/lembrança que sai da minha cachola é do nascimento da minha filha a exatamente 26 anos atrás, numa sensação diferente causada pela ausência/distancia, pois ela encontra-se do outro lado do mundo/Europa. Mas o oficio chama e de uma gravação de teaser para Macapá, conversas e uma caminhada mata/floresta/Mar finalizo essa jornada no Rio de Janeiro e partimos Macapá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário