DIÀRIO DE
BORDO – RIO DE JANEIRO – 24 a 27 DE MAIO.
Local:
Teatro da ESEM
Data 23/05
– 19h30
Local:
ESEM
Data
26/04 – 18h30 – pensamento giratório – O Teatro em Rede
Zaine Diniz - Partindo de POA
, a incerteza se decolaríamos devido às
atuais circunstâncias q vive o país sem combustível!!! Mas deu tudo certo e chegamos no Rio de
Janeiro, que nos recebeu com clima ameno 19° muito caloroso. Apresentamos no teatro do ESEM para um
público jovem, cheios de curiosidade sobre o trabalho, sobre nosso dia a dia do
ofício, e sobre o “Pensamento homem”. Foi muito bom trocar com eles. No
Pensamento Giratório no dia seguinte, ouvir o mestre Chicão Santos explanar
sobre as redes da Amazônia, do Brasil, com tanta propriedade e conhecimento, me
faz ter certeza cada vez mais das escolhas que fiz na minha vida. Em seguida, assistir o grupo Código, da
Baixada do RJ me confirmou essa certeza,
ver atores tão jovens e tão potentes no seu trabalho cuja temática forte e
cheia de verdades, me emocionou. Enfim,
Rio foi muita emoção! Evoé!!
Flavia Diniz - 1ª dia - chegamos
no rio de janeiro dia 24/05, fomos direto para o hotel. 2ª dia - dia de
apresentação! Academia. Almoço. Concentração. A apresentação foi muito boa e o
bate-papo melhor ainda! Pós isso, fomos para o hotel. 3ª dia - Pensamento
giratório. Tivemos a manhã livre. Fomos à praia. Minha segunda vez tendo o
contato com a água salgada, com o mar. Almoçamos. Fomos para o pensamento
giratório. Cada dia que passa aprendo muito com @s mestres/mestras, com as
pessoas. Sou muito grata a esse projeto maravilhoso que é o palco giratório. 4ª
dia - dia de despedida do rj. À tarde partimos para o aeroporto.
Agrael de Jesus - Diário de
Bordo. E o Rio de Janeiro continua lindo.....bonito....violento ....é isso me
entristece muito. Clima ameno, chegamos e fomos direto para o hotel, descanso,
preparação e concentração. Apresentação
maravilhosa, casa cheia, plateia formada em sua maioria por alunos do ESEM.
Concentração total é interesse em saber mais sobre o Espetáculo em si. Isso
ficou evidente no bate papo pós espetáculo. No pensamento giratório presenciei
um show do meu Mestre Chicão, numa demonstração de conhecimento e domínio do
assunto abordado, deixando admirado e de queixo caído alguns globais que se
faziam presente: No Norte se tem conhecimento. Foram momentos de congraçamento,
aprendizado. Tô vivendo dias inesquecíveis em minha vida. Parabéns pra mim.
Edmar Leite - Rio de Janeiro
25/05 - 27/05 - Dia 0 - Ontem à noite chegamos ao Rio novamente, Perifa,
Marielle Vive, não foi pelo cartão postal. O outro lado da moeda.. Mas,
continua lindo, continua sendo... Buenas Andressa! Chegada no hotel, descanso. Dia
1 - Reconhecendo os arredores. Almoço, partida pro ESEM, que beleza de lugar,
quem dera tivesse estudado numa escola assim, escola que respira arte. Olá
Ludmilla. Montagem de cenário e luz. Tudo tranquilo. Valeu Timbó e Carlinhos.
Buenas Léo, bom te rever! Meninas em entrevista no Palco. Passagem. Espetáculo
foi ótimo e fluiu muito bem e bate papo também. Desmontagem e embalamento. De
volta pro hotel. Dia 2 - Reconexão com o Mar. Treino de base. Pensamento
Giratório - Teatro em Rede. Vicente - mediador Sesc nacional. Chicão: Contexto
histórico, redes, festivais, macro. Alina - MATER: Rede do Estado,
democratização da verba pública, fiscalização de venda de ingressos. Gustavo,
formação de platéia. Daniel - MOVA: Registro, coletividade. Jorge, Covasc et al
- Rede Baixada em Cena: Rede Metropolitana, fortalecimento, alternativa de
renda, divisão de trabalho, organização. Liga do Teatro - Produtores. Discussão
- Como viver da arte, Repensar e debater políticas públicas. Lei Rouanet é
insuficiente? Precisa de política de estado. Se preparar pra debater com os políticos.
Saber o que queremos. Mostrar o que queremos. Rico, esclarecedor, realidade,
conexão. Com Teatro a gente pode alavancar a mudança. Eita elevador, prossiga..
Naquele instante.. Espetáculo muito bom. Teatro documental. Visitando casa de
amigos. Luz sensível e poética. Cenário prático e eficiente. Memórias doces e
amargas.. Comunhão. Proximidade. Intimidade. Sorte que... Um dia muito
especial, completo. Preparar pra ir.. Valeu Ludmilla. Deixar as malas no jeito pra amanhã.. Dia 3 -
Reunião de manhã. Almoço. Terminar de arrumar tudo. Grato mais uma vez Rio. Até
a próxima. Valeu Andressa. Partiu Macapá.
Amanara Brandão - 27 de maio de
2018, Rio de Janeiro - RJ. Clima de incerteza paira no país... A única certeza que me habita é que nossa
participação no Palco Giratório aqui pelo Rio de Janeiro está sendo de muito
aprendizado e fortalecimento coletivo; dia 25/05 nos apresentamos no Teatro da
Escola Sesc de Ensino Médio (Uau, que estrutura!!!), com a plateia
predominantemente jovem, curiosa e a fim de debater o tema proposto no
espetáculo, e ontem 26/05 participamos do Pensamento Giratório juntamente ao
Mater(RJ) e a Rede Baixada em Cena(RJ), discutindo as Redes de Teatro numa
conexão Rondônia - Rio de Janeiro, que bom saber que somos muit@s nesse fazer
artístico de resistência, junt@s somos mais fortes e vamos mais longe,
potencial de transformação evidente quando conseguimos nos reunir dessa forma
para expor as dificuldades e buscar soluções juntos. Estar nessa cidade me traz
a sensação de estar anestesiada... anestesia moral e emocional pra viver nessa
terra tão maravilhosa e tão violenta; passar os dias tentando não lembrar que a
qualquer momento balas perdidas podem encontrar nosso caminho, passar pela
periferia, sentir o mau cheiro e o mau presságio de ter que lidar com tanta
desigualdade, injustiça, tristeza... Em 2016, época do golpe, nós
participávamos do Sesc Amazônia das Artes, e dessa vez (greve dos
caminhoneiros) o Brasil em tensão e novamente estamos rodando esse país fazendo
TEATRO! A nossa intervenção/revolução é poética e talvez mais real e eficiente
que qualquer outra. Seguimos.
Chicão Santos - Rio-Galeão – o
som dos pneus ao tocar o solo anunciava o pouso silencioso da aeronave na
cidade maravilhosa. Percorremos linhas amarelas, vermelhas e de todas as cores
no contraste de uma cidade/favela e ainda maravilhosa/feia que compõem uma
arquitetura urbana tão distinta da pobreza extrema aos arranha-céus imponentes
de uma metrópoles de estratificação/classes sociais, nada disso tirou o brilho
dos nossos olhos e da sensação de retornar ao RIO para cumprir mais uma agenda
do Palco Giratório. Ficamos. Ficamos na
Barra quase Tijuca, as acomodações escolhidas a dedo pela produção que não
hesitou em nos colocar no Promenade, um flat de tamanha envergadura, com
uma estrutura arquitetônica arrojada e que nos acolheu em seu equilíbrio
Selva/pedra/floresta. Acomodações dignas, muito dignas. E o equilíbrio arquitetônico
nos levou até o mar/praia da barra, o mar azul e suas ondas frenéticas misturam
nossas energias e recarregam nossas baterias de sal/areia do mar. No caminho do
hotel ao Sesc que é o lugar do ensino de médio e que nos acolhe no ESEM (Escola
de Ensino Médio do SESC) e já estávamos com os cenários e todo material de cena
no grande palco de um teatro italiano de magnitude e de beleza
extrema/extraordinária com uma “plástica cênica” e seu som/acústico que aguça
nossos ouvidos e nossas percepções. No receptivo Ludimila e no palco garagem
Carlinhos e Timbó, amigos e profissionais do mais fino trato e de importância
aquilatados/sábios do ofício e geniais das relações dos coletivos e do
trabalho. A montagem transcorreu na normalidade e entre uma conversa e outra
foi finalizada a luz. Luz que cortava toda a extensão palco marcava os
depoimentos das atrizes: Zaine e Agrael para a memoria do DN – Departamento
Nacional do SESC. O publico silenciosamente adentrou e se acomodaram nos 600
lugares da ávida plateia. As mulheres e o aluá se espalham pelas frestas da
madeira do palco/sagrado do oficio do artista. Já na conversa do debate/troca e
relatos de mulheres/meninas e atrás do corta-fogo a desmontagem do cenário
corria a toda velocidade entre o derramar de caroços de milho de pipoca que ali
caia e dava uma sonoridade no chão do palco. Na corrida e nas gotas frias da
chuva. Já tinha tudo acomodado na Van/transporte para o hotel/hospedagem. O
sono dos corpos cansados não esbravejava na noite fria carioca. No dia seguinte
o sol/mar reflete no corpo notícias da greve anunciada/do
petróleo/óleo/caminhão/patrão.
Na tarde destes 26 de maio a
conversa se embalava pelas redes do teatro da floresta, da baixada e da
brasilidade. Tudo e urgente, leis, normativas, renunciam... Lei Rouanet,
futuro do conceito, do material e do imaterial, da obra e do conteúdo que
circula e não circula pelos continentes teatro/casa vazias, reeducação de
artistas/públicos/plateias... preâmbulos de garantias fundamentais. O
pensamento é giratório com jovens e velhos conhecidos... Somos todos unidos
lutar por pautas urgentes. O pensamento fica nos anis/memorias para fazer
refletir o censo e o bom senso. Se correr o bicho pega se ficar o bicho come.
Unir para enfrentar os obstáculos presentes e futuros. Depois um presente com
nosso deleite o espetáculo da baixada, que temas tem e que costurava com os temas já mostrados
das vivencias das mulheres. Ver espetáculo reflexão com sonetos dramatúrgicos
de veias jovens bem traçadas para jovens atores que não titubear no silencio e
na palavra. Se é para refletir é assim que age nosso espaço/corpo. A noite
finda. As questões são tantas e que permanecem no corpo e nas lembranças. Corpo
que repousa e que transita na calmaria de mais uma noite silenciosa. 27 de
março o primeiro pensamento/lembrança que sai da minha cachola é do nascimento
da minha filha a exatamente 26 anos atrás, numa sensação diferente causada pela
ausência/distancia, pois ela encontra-se do outro lado do mundo/Europa. Mas o
oficio chama e de uma gravação de teaser para Macapá, conversas e uma caminhada
mata/floresta/Mar finalizo essa jornada no Rio de Janeiro e partimos Macapá.
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