Zaine
Diniz
Terra da
garoa, aqui estamos! E ela nos recebe
com um sol agradável, na medida certa.
Trânsito maluco, apressado demais, carros e pessoas. Embarcamos na van
rumo a Jundiaí, cidade que me surpreendeu pela agradável paisagem de interior
com um jeito de cidade grande que eu gosto muito. Um repouso no corpo e tudo
começa no dia seguinte: a primeira apresentação aconteceu com energia e com
presença total do elenco, no segundo dia, mais potente ainda, meu aniversário
mais uma vez em dia de apresentação, normal e especial, pois nesses quase 30
anos de teatro da pra contar as vezes que comemorei em casa. O palco tem outra
função além da que se destina! E comemoro 51 anos com energia, saúde, amor e
compromisso com o meu trabalho ( em breve terei um dia de folga/ócio necessário
para mim) faço questão disso também.
Nesse dia recebemos a visita de um amigo do início da minha carreira como
atriz, Gilson Menezes que nos levou a um passeio a uma fazenda de café da época
dos grandes barões do café e da triste história da escravidão do nosso Brasil,
história essa que nos envergonha por tamanha brutalidade em nome da cor da
pele. As escravidões de hoje são outras , enfim. Depois da apresentação,
terminamos a noite com um debate fervoroso, caloroso, cheio de reconhecimento e
pertencimento sobre a temática do nosso trabalho. Ainda com amigos comemorar
com um buffet oriental (não abro mão da minha comida preferida) agosto ainda
não terminou... na esperança de ainda ganhar um bolo com muitos morangos.
Presentes, eu mesma me darei, pois o mais importante já ganhei. Que venha
Jampa, e de preferência com sol.
Flávia
Diniz
Viagem
rápida e tranquila. Observando os Paulistas e vendo tudo acelerado. Ansiosos. O
motociclista que é piloto de motovelocidade pra sobreviver em sp. O morador de
rua que tenta reciclar o lixo na marginal tietê, arriscando a própria vida em
sp. Tudo isso para sobreviver.
Enfim,
chegando em Jundiaí. Feliz, por ver o sol sorrindo pra mim. Precisando de
calor, de ver o sol. Algumas horas depois, temperatura cai. Noite chuvosa.
Circulando por Jundiaí, observando os lugares... empresas que só pensam em
lucros. Pessoas aceleradas que não percebem o que está consumindo. É a proposta
da grande metrópole nacional.
É difícil
conseguir desacelerar pra descansar... quando está quase desacelerando, já é um
novo dia. Tudo de novo.
Dia de
apresentação. Casa quase cheia. A cada apresentação, sempre é algo diferente.
Antes de entrar em cena, aquele frio na barriga. Durante a apresentação,
percebo o público ligados, incomodados. No bate-papo, as pessoas ainda
extasiadxs com o tema. Missão cumprida.
Foram
duas apresentações. No segundo dia, tinha gente que foi assistir outra vez, e
no bate-papo, ficam caladas, observando, pensando. Impactadxs.
Os dias
passaram que não percebi. Foi tudo muito rápido. Dia seguinte, nossa partida.
À caminho
de João Pessoa.
Agrael de
Jesus
Nossa
recepção em São Paulo, com destino à Jundiaí, foi feita pela Carol, pessoa
simpática e muito agradável. A grande Jundiaí. Cidade interiorana mas,
devido a proximidade com a capital, com vida frenética. O hotel/ Flet em que
ficamos hospedados é muito bom e aconchegante. Por ter ficado só num Flet me
possibilitou trabalhar escrevendo mais um pouco do meu TCC, sem ter que incomodar
as meninas colegas de quarto. Foram dias de reflexão, leituras, trabalho.
Revisitando o texto. Dia de conhecer o teatro e primeira apresentação. Espaço maravilhoso. Passagem da
luz, posicionamento no palco. Casa cheia, plateia maravilhosa e interessada,
nos dois dias de apresentação foi assim. O bate papo fluiu intensamente nos
dois dias. No segundo dia de apresentação, tivemos a honra de termos o público
presente juntos para cantarmos o parabéns para a nossa amiga e colega de palco Zaine Dinis. Na volta para o
hotel uma paradinha rápida para um jantarzinho de comida japonesa. Tudo
maravilhoso. De volta ao hotel aproveitar para fazer as malas. Amanhã cedo
partimos para São Paulo/ João Pessoa. Agradecida aos céus por tudo e por todos
em minha vida. DEUS.
Edmar
Leite
•Dia 1
Manhã de
viagem, do frio ao frio. Trecho aéreo bem tranquilo. Trecho de carro até
Jundiaí foi bom. Paisagem diferente, matas de arvores iguais. Serras verdes.
Cidade bonita, convidativa. Reconhecendo os arredores. Cidade de interior com
jeito de cidade grande, porém com o ritmo menos frenético, boa chegada. Amanhã
é dia.
•Dia 2
Dia
amanheceu ensolarado. Dia de montagem e apresentação. Que teatro lindo,
gigante, super bem equipado, um exemplo de organização e cuidado. Produção e
equipe técnica super profissionais e solícitos. Que equipamentos maravilhosos,
mesa diferente, novidade boa e experiência nova pra mim, até pra escrever os
nomes das cenas em tela tinha como e o detalhe das luminárias sendo mini
elipsos foi a cereja do bolo. A apresentação foi muito boa, cada vez o nível
cresce mais, bate papo foi interessante. Amanhã tem mais.
•Dia 3
Dia
amanheceu muito bom. Notícias boas. Pendências acertadas. Completando algumas
coisas que faltavam. Tranquilidade. Breve volta pela cidade. Apresentação de
hoje foi ainda melhor, hitmo, força, entrega, equilíbrio ganham cada vez mais
espaço. Segundo vez que a Zaine celebra o aniversário durante o Palco
Giratório, muito legal. Embalamentos, preparar para partida. Jundiaí, cidade
receptiva, calorosa, de clima gostoso, organizada, com muitos sobe e desces,
seu verde e seus rios. A vontade de voltar é grande.
Amanara
Brandão
Da
maresia que toma conta da ilha em SC para a correria da metrópole SP, um choque
pro organismo que segue sendo forte vivendo essas mudanças bruscas (que, no
fundo, são uma delícia). Sinto certa intimidade com SP, por ter família e
amigxs nessa terra que visito com
frequência. Observar a correria traz uma enxurrada de reflexões ou só o vazio
de perceber a vida automatizada. Carol nos recepcionou de forma tão atenciosa, sorriso largo receptivo.
Vivi um
pequeno trauma na quarta à noite, em ver o racismo sutilmente agressivo num
boteco (isso vai virar conto também, tenho escrito alguns durante a
circulação).
As
apresentações na quinta e na sexta foram cheias de energia, com o Teatro mais
ou menos cheio, um público que nos assistiu em êxtase, ficando em peso para o
bate papo, mexidos e interessados em saber mais sobre Rondônia e a nossa
realidade distante porém tão parecida no que diz respeito às violências de
gênero...
Jundiaí
me trouxe lembranças, da família (vovó e vovô maternos, que moram no interior
de SP), e dos meses que passei na capital ano passado vivendo aprendizados.
Levo pra vida. E volto.
Chicão
Santos
No dia 22
saímos de Floripa as 9h30 e chegamos em São Paulo às 11h30. Lá estava Carol nos
esperando com a VAN para partimos até Jundiaí, interior de São Paulo. O
restante da tarde foi para organizar a parte burocrática e de produção/Notas e
publicações no Blog “As Mulheres do Aluá”. As 16h30 deu uma entrevista para a
Radio Cultural SP, via telefone, falando da cena em Porto Velho, do trabalho do
O Imaginário e do processo de trabalho do espetáculo. A entrevista foi
conduzida pela Adriana Braga. A noite
caiu sobre a cidade e fiquei no flat apart hotel. Na manhã de 23 Eu e
Edmar fomos pro SESC fazer a montagem (9hs). Deixar tudo pronto para o
espetáculo, com a programação de duas sessões (23 e 24). Entrei em contato com
a Escola de Teatro Atuará, e descobriu que a Carol é uma das sócias e ai
aproveitei para solicitar a gentiliza de emprestar suas dependências para uma
reunião com os Técnicos e Gestores/Produtores do Itaú Rumos 2018/2019, do
projeto: memórias poéticas – sobreviventes do crescimento das arvores. A
montagem foi muito rápida e tranquila com ajuda da Carol e do Motorista
(montagem das grades). O técnico do Teatro/Luz já esteve em Porto Velho na
inauguração do Teatro Guaporé, com o espetáculo: A Falecida, com a Lucélia
Santos, grande elenco. Rodrigo técnico do Sesc Jundiá estava no elenco da
Falecida (coincidências). A apresentação foi muito bem aceita por uma plateia
que lotou a casa. (A atriz Agrael esqueceu a “boqueira”, no hotel e utilizou a
VAN para busca-la). No dia seguinte 24, acordamos para um momento de encontro,
com o Gilson Menezes, amigo e parceiro de cena de longas datas (1986), ainda
quando fazíamos teatro em Cacoal/RO, no grupo Essência das Coisas. O encontro
teve inicio no café do hotel e se
estendeu até uma citytour pela cidade e depois até uma fazenda antiga, da época
dos “Barrões” do Café, uma fazenda de uma história passada de cenas comoventes
e tristes, pois ali registra uma divida história com os nossos negros.
Troncos/senzalas a parte triste do passeio. O outro lado da história viva do
café a sua trajetória pelo mundo. Os processos de produção/secagem e
fabricação/torragem/moagem e empacotamento. No caminho percorrido a igreja, o
lago e a casa/grande/senzala onde a princesa Izabel se hospedava nas suas
passagens por São Paulo. Ali mesmo para comemorar o aniversário da Zaine Diniz
almoçamos e partimos para o hotel para outro encontro com os técnicos e
produtores do Itaú Cultural/Rumos na sede da Escola de Teatro Atuará da nossa
produtora Carol/Anjo do Palco Giratório. Enquanto conversamos sobre o projeto a
cena em Porto Velho os demais integrantes do elenco estavam no teatro se
preparando para a apresentação. A equipe do Rumos muito atenciosa e preparada
apontavam as demandas e os ajustes a serem corrigidos/adequados e assim
afinamos/praticamente/pactuamos a nossa
reunião de trabalho avançou e antes das 19 horas encerramos nossa agradável conversa acerca do projeto
memorias poéticas – sobreviventes do crescimento das arvores. Avan/Cardoso já
estava aposto para nos conduzir para o teatro Sesc Jundiaí. O público já
presente adentou a plateia. Nossos convidados Gilson Menezes/Michele/Davi/Vitor
e Regina/Maiara do Rumos se espalharam pelas cadeiras numeradas do Teatro/SESC.
O espetáculo criou uns ruídos na plateia, talvez pela identificação pelas
provocação/proposta da dramaturgia. O debate colado na cena fluía naturalmente,
assim como a desmontagem. Tudo muito rápido/pratico com a ajuda do
Gilson/Vitor/Davi. Tudo na Van e partimos para celebrar junto com a família do
Gilson esse momento importante/afeto/gratidão. Depois para o hotel/descanso.
Dia seguinte 25, às 8 horas, num pós café/hotel partimos Guarulhos/SP/aeroporto
e no corre-corre do aero/shopping embarcamos Jampa/Paraíba. Até breve Jundiaí
terra/linda/cidade.
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