quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Diário de bordo – Lajeado de 01 a 03 de outubro de 2018





Chicão Santos

Uma viagem tranquila na VAN/Carlos até Lajeado, chuva forte e vento forte. O relógio já marcava mais do meio dia e ai seguimos para o almoço no centro da cidade e depois para o hotel. Enquanto isso a Andressa Batista, enviava comunicado sobre o encerramento do Festival Palco Giratório/Rondônia e eu enviava a mensagem: Que maravilhoso Projeto/Festival, todas as atividades foram e são potencialíssimas, mas quero destacar duas que vão além da grandiosidade do Festival Palco Giratório Rondônia, a homenagem ao Palhaço Biribinha, com a montagem do circo, no parque da cidade e o circuito pelo interior de Rondônia, que além de promover o acesso do cidadão ao teatro, difunde o teatro em cidades com pouquíssimas ofertas de atividades artísticas. “O mundo do circo sempre exerceu fascínio sobre todas as pessoas. Crianças e adultos deixaram e deixam se levar nas ilusões do mágico ou nas deliciosas brincadeiras do palhaço”. – Biribinha. No dia 03/10, as 9 horas fomos no SESC para iniciar a montagem de luz/som e cenário. Uma das vantagens é que a empresa do Cassio vai nos fornecer todo o material de luz e som, com fez em Monetenegro. Ao adentrar as instalações do SESC uma surpresa um teatro gracioso e cheio de possibilidades, fiquei encantado com o espaço/teatro. Encontramos nossa Produtora/Anjo/SESC Claudine e ali já começamos listar o material necessário para a luz e som. No mesmo momento o Cassio e seu técnico de som já subia o material e iniciava a instalação, facilitada pelas varas/tomadas já instaladas, no sistema analógico que o teatro dispõe. Uma rede bem instalada e cuidada, com 04 dimmer e uma mesa. Quase no fim da tarde a energia foi embora e teve uma apreensão por parte da equipe do SESC, pois não havia previsão de retorno. Antes das 19 horas a luz se fez e seguimos com o firme proposito de realização a ação cênica de As Mulheres do Aluá. As atrizes já se encontravam no Espaço e fazendo o aquecimento físico/voz/corpo. O público já se encontrava na entrada, meio escada e hall de entrada. As 20 horas, nossa produtora Claudine deu as boas vindas e anunciou as próximas programações e o publico entrou na sala/espaço cênico. Nomes de mulheres ressoam pela arquitetura e o movimento cênico dura exatamente uma 1 hora e em seguida o debate, com todos os expectadores presentes, inédito neste palco giratório. As conversas versaram com os temas ali estampados e foi finalizado pelo depoimento de uma senhora que revelou as violências sofridas pelo pai e o desespero diante de um processo, que a levou a tentar o suicídio. A plateia/debate ficou num silencio profundo e ali as atrizes entre abraços e com um sentimento de solidariedade encerrou o debate. Todos refletindo muito e perplexos pelo depoimento. A vida imita a arte ou a arte imita a vida. Assim seguimos neste Palco Giratório.

Edmar Leite

•Dia 1 - Amanhecendo frio, finalmente! Partindo pra montagem. Belo espaço multifuncional, um teatro pronto! Equipe do Cássio mais uma vez com a gente. Tranquilidade, parceria e eficiência. Tudo pronto, pausa para o almoço e o frio aumentou seguido de chuva forte. Terminando os ajustes e afinação. Novas informações sobre softwares de iluminação, interfaces e controladoras, muito interessante esse tal de Lumikit, grato Cássio. Uma queda de energia devido aos raios nos deixa em estado de espera... A luz se refez e teve espetáculo! Apresentação muito boa, com força,  entrega, verdade, ritmo, fluxo! Bate papo, importante, pesado.. desmontagem tranquila. Descanso e preparo para a próxima cidade! Lajeado, cidade bonita, pequena mas nem tanto, paisagem charmosa, do pouco que conheci achei interessante! Até breve.

Agrael de Jesus

Chegando na cidade na tarde do dia 01, sol quente. Cidade linda, muito movimento. Direto almoçar e alojar no hotel. Uma volta na redondeza para se situar. Noite com chuvisco. Manhã do dia  02 com friagem para os nativos, para mim muito frio. Resolver algumas pendências bancárias, voltar ao hotel. Tarde chuvosa e muito frio. A apresentação maravilhosa. Bate papo como sempre com vários questionamentos. Revelações. Muita coisa tem que ser feito. Me sentindo impotente diante de situações que me fogem domínio.  Dormir pensativa. Amanhã partir para a próxima cidade. Deus no comando sempre.

Zaine Diniz

Mais Uma cidade que eu ainda não conhecia, e graças ao teatro cá estou!  Pense numa cidade pequena (mas nem tanto) e bonita! E friozinho delicia, de agora pra frente será assim, garantiram nossos anjos do sesc, friozinho!! A noite chuvosa, enfim. No dia seguinte mesmo com tempo nublado e friozinho de gelar o nariz, não resisti e fui fazer uma caminhada pela cidade (estava sentindo falta de andar, andar e andar. A noite, nossa apresentação foi potente, público atento e que ficaram a maioria para o bate papo, que foi muito profundo nas questões pertinente, e quando digo que muitos se reconhecem nas histórias que apresentamos no palco, uma mulher muito especial na plateia , se mostra e começa falar sobre sua história. Já vimos isso acontecer em outras plateias, e essa também foi muito forte e especial. Só podemos abraçar e desejar força para lutar, sempre. Salve Juliana! Dia seguinte, hora de prosseguir rumo a Alegrete. Mais uma cidade que fica no meu coração LAJEADO.

Flavia Diniz

Fomos recebidos com muita chuva. Trovões e relâmpagos. Dia seguinte, dia de apresentação. Concentração. O teatro é tão lindo, pequeno. Senti a apresentação bem intimista. Todas estavam conectadas no palco. Energia fluindo. Espetáculo voou. Passou rápido. Após espetáculo, tivemos um bate-papo maravilhoso e um pouco denso. Uma moça contou um pouco sobre sua história, fez uma comparação com algumas cenas. Muito emocionante a história dessa moça e me chamou a atenção. Passei a noite toda pensando nela. E eu sei que ela é forte e vai dar tudo certo. Noite chuvosa. Descansar e dia seguinte, puxar o bloco para Alegrete.

Amanara Brandão

Dias úmidos e frios por aqui, céu fechado, cidade florida, e nossa apresentação em Lajeado trouxe a confirmação do quanto esse trabalho é um verdadeiro expurgo coletivo. Juliana, espectadora, resolveu se expressar durante a conversa pós apresentação... contando sua história e comparando as histórias das personagens ao seu medo em ser condenada hoje em dia. Fazia alguns dias que ela não conseguia falar nada, e ali ela começou falando que não sabia o que tinha acontecido com o corpo dela no decorrer daqueles minutos assistindo ao espetáculo, mas que tinha necessidade de falar, e falou. Ela passa por uma situação extremamente delicada, que abriu para todas as pessoas presentes naquele Teatro. Algo aconteceu de tranformador ali, aos nossos olhos, todo mundo viu, ouviu, sentiu... é de supreender quem tá em cena e também me traz uma confirmação explícita do trabalho astral que acontece durante qualquer troca humana, especialmente nas que a Arte é mediadora. Seguimos... Juliana, lembra de nós! Pois eu nunca vou me esquecer de você. Vamos caminhando, é isso o que realmente importa em meio a qualquer tempestade. Vai passar, tá passando, e nós... seguimos!









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