Viagem super rápida de Presidente Médici à Ji-paraná. Nós chegamos na hora certa, do almoço! É só o tempo de descansar um pouco e colocar a gira para girar. Dia de apresentação e de reencontros. Minha primeira vez apresentando no teatro Dominguinhos. Me senti à vontade no palco, senti segurança. O bate-papo foi muito rico com a presença do coletivo Marcha das Margaridas. Trabalho concluído com sucesso. Após isso, a noite foi de muita conversa com os amigos. No dia seguinte, arrumar as coisas e partir para Vilhena.
Agrael de Jesus
Minha segunda
casa, onde aqui cheguei em Rondônia no ano de 1975, ainda Vila de Rondônia,
onde a cidade ia da Vila Jotão ao bairro 2 de Abril. Onde os kms 3, 4, 7 e 9
eram longe de mais. Hoje todos aglomerados na cidade. Revisitando a cidade,
revendo amigos. Amo esse cantinho. Almoço, descanso no hotel, a noite
espetáculo. Espaço lindo e acolhedor, Teatro Dominguinhos, que leva o nome do
meu amigo Domingo, Dominguinhos para os amigos e íntimos, pessoa que muito
contribuiu para e com a cultura dessa cidade e região. Justa homenagem. O
espetáculo fluiu, apesar da minha dificuldade com a garganta e o cuidado com as
pregas vocais. Na platéia pessoas queridas que a muito tempo acompanha nosso
trabalho. Gratidão imensa pela presença da minha amiga, irmã e companheira de
lutas Aninha Teixeira, musicista e incentivadora. No bate papo muitos quereres,
saber do processo, da dramaturgia, do ser artístico. Crianças elogiando nosso
trabalho. Menina mulher que faltou aula para nos assistir, pois na oportunidade
passada não pode. Isso me dá mais força para continuar nessa missão. Muito me
emociona tudo o que está acontecendo comigo. Desmontagem do cenário e luz,
embalagem e acomodação na Van. Hotel, descanso. Amanhã partir cedinho para
Vilhena. Novas emoções nos aguardam. Em tempo,
agradecer a nossa Anja e o nosso Anjo, Márcia
(Sesc) e seu Miracis (motorista do micro ônibus), nosso Severino, que
não medem esforços para que tudo corra a contento. As mulheres da
Marcha das Margaridas, engrossando o discutir o papel da mulher na sociedade
enquanto pessoa importante nessa sociedade predominantemente machista. Amei
tudo. Ji Paraná me aguarde, breve voltaremos. Obrigada pelo acolhimento.
Edmar Leite
•Dia 1 - Pegando a estrada um
pouco mais tarde. Tivemos mais tempo pra descansar e colocar trabalhos em dia.
Ainda pensativo.. e a danada da estrada alimenta ainda mais essa condição.. Naquela
árvore solitária no meio do pasto, quantos viventes já se abrigaram à sua
sombra? Aonde essa pequena estrada nos leva? Esse riacho é profundo? Questões
visuais que estimulam ainda mais as questões pessoais de cunho interno. Hoje a
montagem será um tanto mais tranquila, de volta ao prédio de teatro! Viagem
tranquila e rápida. Almoço e logo depois entrevista na TV para divulgar o
espetáculo. Montagem tranquila, equipe boa e desenrolada, tudo pronto pra
apresentação. Estar de volta ao prédio de Teatro trouxe um certo alívio e mais
segurança, ter mais tecnologias disponíveis e pessoas pra auxiliar é bom
demais. A apresentação foi boa, intensa,
visceral. Estar tão perto do palco trouxe com mais força a sensação de estar em
cena e trouxe novas perspectivas e sensações.. o canto, as batidas e as
passadas reverberadas sintonizavam como os pulsos de um grande músculo
cardíaco. Bate papo show! Desmontagem e embalamentos tranquilos demais. Tudo
pronto pra Vilhena amanhã! Conversa boa com os amigos da Amanara; Cairã e
Bruno, sobre os movimentos culturais independentes, o tema de hoje, projetos,
espaços vivos, permacultura e o fazer artístico em geral. Ji-Paraná já se
tornou uma segunda casa para o grupo. Vir aqui é como chegar em outro bairro de
nossa cidade. Sempre fomos bem recebidos. A cidade cada vez mais as entrelaça
as artes. Até breve.
Amanara Brandão
Zaine Diniz
Cada vez mais aprecio
este espaço da escrita, falar sobre vivências, experiências e sensações de cada
lugar, me fortalece como artista que procura se aperfeiçoar em todos os
sentidos. Tudo tranquilo em Jipa, produção efervescente, entrevista ao vivo na
tv, espaço bacana pra divulgar o projeto e convidar a população para assistir
nosso trabalho. Na apresentação “barriguinhas” ainda surgem, e reafirmo que nem
em todas as falas cabem improvisos, é preciso ter técnica, sensibilidade e
inteligência emocional para contextualizar esse recurso que nos é pertinente,
se não for assim, cairá no lugar do “estranho” e “sem sentido” , nada que não
possa ser corrigido com mais concentração no trabalho que não acontece só no
palco, mas principalmente antes de ir ao palco. Mas aconteceu e com energia lá
no alto! O bate papo foi extremamente rico, com falas do público que foram
importantes (precisamos ouvir mais, deixar que falem) para entendermos o papel
do nosso trabalho. As oficinas de produção estão sempre mostrando as lições que
aprendemos OU NÃO na prática do dia a dia de um projeto tão grandioso como esse
e que nos mostra que temos muito que aprender... ser mais profissional, mais proativa, mais
ligada e de prontidão Sempre!. Estamos no mesmo barco - e que barco lindo! Tudo
finalizado, embalado o cenário, hora de partir. E lá vamos nós para Vilhena,
sempre aprendizes nos palcos da vida e das emoções. Trabalho de grupo é assim,
o que seria do amarelo se todos gostassem do azul? Assim disse o poeta.
Chicão Santos
O caminho para Ji-Paraná foi
rápido e já por volta das 12 horas já estávamos instalados no hotel/porto. Jipa é uma cidade
acolhedora é para nós uma segunda casa. O “furação” passou. Ouvi essa expressão,
após o almoço ao lado do teatro Dominguinhos, das nossas produtoras do SESC
Marcia/Simone fazendo referência a passagem da nossa gestora Keila Barbosa,
presidente da Fundação Cultural de Ji-Paraná. Na verdade ela age como um
furação na vida cultural da cidade... sacode a cidade com eventos de todos os
cantos e lugares. É um ser inquieto, não para, não sossega. Uma agitadora
cultural. As 14 horas já estávamos no Dominguinhos para dar inicio a montagem
da luz/cenário para a apresentação. Tudo pronto e muito rápido, com uma equipe
virtuosa e participativa na luz e no som. Acena é aberta e o público já estava
ouvindo as vozes de mulheres pelos autofalantes do som que ali propagava.
Uma apresentação de olhares diferentes,
som e luz operada pela coxia lateral direita do palco, uma sensação estranha.
Entre um tropeço/escorregão nas palavras que alude a dramaturgia, resultado da
ingenuidade e indelicadeza de um péssimo hábito de usar celular/whatsap antes
das apresentações ato que desconcentra, desequilibra e instabiliza a
concentração. Nem o “pai é nosso” fica livre. Uma plateia boa para uma segunda-feira
do Palco que gira. Enquanto o debate acoitava a curiosidade da plateia. A
desmontagem atingia a mesmo “velocidade cibernética”, com a correria minha e do
Edmar as embalagens já seguiu pra o micro-ônibus palo porta sem trava. Tudo
pronto e a caminho do Hotel para dia seguinte partir para Vilhena para mais uma
apresentação. Rondônia lá vamos nós para o Portal da Amazônia.
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