terça-feira, 18 de setembro de 2018

Diário de bordo – Ji-Paraná / RO – 17 de Setembro







Flavia Diniz

Viagem super rápida de Presidente Médici à Ji-paraná. Nós chegamos na hora certa, do almoço! É só o tempo de descansar um pouco e colocar a gira para girar. Dia de apresentação e de reencontros. Minha primeira vez apresentando no teatro Dominguinhos. Me senti à vontade no palco, senti segurança. O bate-papo foi muito rico com a presença do coletivo Marcha das Margaridas. Trabalho concluído com sucesso. Após isso, a noite foi de muita conversa com os amigos. No dia seguinte, arrumar as coisas e partir para Vilhena.

Agrael de Jesus

Minha segunda casa, onde aqui cheguei em Rondônia no ano de 1975, ainda Vila de Rondônia, onde a cidade ia da Vila Jotão ao bairro 2 de Abril. Onde os kms 3, 4, 7 e 9 eram longe de mais. Hoje todos aglomerados na cidade. Revisitando a cidade, revendo amigos. Amo esse cantinho. Almoço, descanso no hotel, a noite espetáculo. Espaço lindo e acolhedor, Teatro Dominguinhos, que leva o nome do meu amigo Domingo, Dominguinhos para os amigos e íntimos, pessoa que muito contribuiu para e com a cultura dessa cidade e região. Justa homenagem. O espetáculo fluiu, apesar da minha dificuldade com a garganta e o cuidado com as pregas vocais. Na platéia pessoas queridas que a muito tempo acompanha nosso trabalho. Gratidão imensa pela presença da minha amiga, irmã e companheira de lutas Aninha Teixeira, musicista e incentivadora. No bate papo muitos quereres, saber do processo, da dramaturgia, do ser artístico. Crianças elogiando nosso trabalho. Menina mulher que faltou aula para nos assistir, pois na oportunidade passada não pode. Isso me dá mais força para continuar nessa missão. Muito me emociona tudo o que está acontecendo comigo. Desmontagem do cenário e luz, embalagem e acomodação na Van. Hotel, descanso. Amanhã partir cedinho para Vilhena. Novas emoções nos aguardam. Em tempo, agradecer a nossa Anja e o nosso Anjo, Márcia  (Sesc) e seu Miracis (motorista do micro ônibus), nosso Severino, que não medem esforços para que tudo corra a contento. As mulheres da Marcha das Margaridas, engrossando o discutir o papel da mulher na sociedade enquanto pessoa importante nessa sociedade predominantemente machista. Amei tudo. Ji Paraná me aguarde, breve voltaremos. Obrigada pelo acolhimento.

Edmar Leite

•Dia 1 - Pegando a estrada um pouco mais tarde. Tivemos mais tempo pra descansar e colocar trabalhos em dia. Ainda pensativo.. e a danada da estrada alimenta ainda mais essa condição.. Naquela árvore solitária no meio do pasto, quantos viventes já se abrigaram à sua sombra? Aonde essa pequena estrada nos leva? Esse riacho é profundo? Questões visuais que estimulam ainda mais as questões pessoais de cunho interno. Hoje a montagem será um tanto mais tranquila, de volta ao prédio de teatro! Viagem tranquila e rápida. Almoço e logo depois entrevista na TV para divulgar o espetáculo. Montagem tranquila, equipe boa e desenrolada, tudo pronto pra apresentação. Estar de volta ao prédio de Teatro trouxe um certo alívio e mais segurança, ter mais tecnologias disponíveis e pessoas pra auxiliar é bom demais.  A apresentação foi boa, intensa, visceral. Estar tão perto do palco trouxe com mais força a sensação de estar em cena e trouxe novas perspectivas e sensações.. o canto, as batidas e as passadas reverberadas sintonizavam como os pulsos de um grande músculo cardíaco. Bate papo show! Desmontagem e embalamentos tranquilos demais. Tudo pronto pra Vilhena amanhã! Conversa boa com os amigos da Amanara; Cairã e Bruno, sobre os movimentos culturais independentes, o tema de hoje, projetos, espaços vivos, permacultura e o fazer artístico em geral. Ji-Paraná já se tornou uma segunda casa para o grupo. Vir aqui é como chegar em outro bairro de nossa cidade. Sempre fomos bem recebidos. A cidade cada vez mais as entrelaça as artes. Até breve.

Amanara Brandão 

Que felicidade estar de volta a essa cidade! Chegar na hora do almoço, revisitar a cidade com o olhar. Lembranças de dois anos atrás, quando viemos com dois trabalhos: o mesmo espetáculo, As Mulheres do Aluá, e o espetáculo de rua O Mistério do Fundo do Pote, que lotaram o Teatro Dominguinhos e a praça em frente a ele. Estar nesse palco novamente e perceber o quanto o espetáculo cresceu, o quanto cresci, de lá pra cá... isso é gratificante demais! Ver no público pessoas que gosto tanto; que se mostram parceiras mesmo, nessa lida da resistência cultural. A apresentação foi na alta energia, passamos 'o recado! No bate-papo, o interesse recorrente em relação à pesquisa e a sensibilização geral. Depois, a mesma correria de desmontagem de luz e cenário, embalar e carregar o microônibus pra partir pro próximo destino logo pela manhã. Na noite adentro, sambas embalaram o brinde e as conversas na casa do Cairã e do Bruno, meus amigos que foram nos assistir e me receberam em vosso lar, onde prosseguimos com o tema do espetáculo, da permacultura e tantos outros, nessa linha da transformação que queremos e pela qual trabalhamos; e a surpresa de saber que esse lar está em processo de se tornar uma casa cultural também. Espero ansiosa pela hora de voltar por Jipa, com minhas poesias e todo astral de somar no movimento. O movimento somos nós.

Zaine Diniz

Cada vez mais aprecio este espaço da escrita, falar sobre vivências, experiências e sensações de cada lugar, me fortalece como artista que procura se aperfeiçoar em todos os sentidos. Tudo tranquilo em Jipa, produção efervescente, entrevista ao vivo na tv, espaço bacana pra divulgar o projeto e convidar a população para assistir nosso trabalho. Na apresentação “barriguinhas” ainda surgem, e reafirmo que nem em todas as falas cabem improvisos, é preciso ter técnica, sensibilidade e inteligência emocional para contextualizar esse recurso que nos é pertinente, se não for assim, cairá no lugar do “estranho” e “sem sentido” , nada que não possa ser corrigido com mais concentração no trabalho que não acontece só no palco, mas principalmente antes de ir ao palco. Mas aconteceu e com energia lá no alto! O bate papo foi extremamente rico, com falas do público que foram importantes (precisamos ouvir mais, deixar que falem) para entendermos o papel do nosso trabalho. As oficinas de produção estão sempre mostrando as lições que aprendemos OU NÃO na prática do dia a dia de um projeto tão grandioso como esse e que nos mostra que temos muito que aprender...  ser mais profissional, mais proativa, mais ligada e de prontidão Sempre!. Estamos no mesmo barco - e que barco lindo! Tudo finalizado, embalado o cenário, hora de partir. E lá vamos nós para Vilhena, sempre aprendizes nos palcos da vida e das emoções. Trabalho de grupo é assim, o que seria do amarelo se todos gostassem do azul? Assim disse o poeta.

Chicão Santos

O caminho para Ji-Paraná foi rápido e já por volta das 12 horas já estávamos  instalados no hotel/porto. Jipa é uma cidade acolhedora é para nós uma segunda casa. O “furação” passou. Ouvi essa expressão, após o almoço ao lado do teatro Dominguinhos, das nossas produtoras do SESC Marcia/Simone fazendo referência a passagem da nossa gestora Keila Barbosa, presidente da Fundação Cultural de Ji-Paraná. Na verdade ela age como um furação na vida cultural da cidade... sacode a cidade com eventos de todos os cantos e lugares. É um ser inquieto, não para, não sossega. Uma agitadora cultural. As 14 horas já estávamos no Dominguinhos para dar inicio a montagem da luz/cenário para a apresentação. Tudo pronto e muito rápido, com uma equipe virtuosa e participativa na luz e no som. Acena é aberta e o público já estava ouvindo as vozes de mulheres pelos autofalantes do som que ali propagava. Uma  apresentação de olhares diferentes, som e luz operada pela coxia lateral direita do palco, uma sensação estranha. Entre um tropeço/escorregão nas palavras que alude a dramaturgia, resultado da ingenuidade e indelicadeza de um péssimo hábito de usar celular/whatsap antes das apresentações ato que desconcentra, desequilibra e instabiliza a concentração. Nem o “pai é nosso” fica livre. Uma plateia boa para uma segunda-feira do Palco que gira. Enquanto o debate acoitava a curiosidade da plateia. A desmontagem atingia a mesmo “velocidade cibernética”, com a correria minha e do Edmar as embalagens já seguiu pra o micro-ônibus palo porta sem trava. Tudo pronto e a caminho do Hotel para dia seguinte partir para Vilhena para mais uma apresentação. Rondônia lá vamos nós para o Portal da Amazônia. 









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