quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Diário de bordo – Vilhena / RO – 18 a 20 de Setembro






 Agrael de Jesus


E a última cidade de Rondônia concluído.   O trajeto ji Paraná até Vilhena foi cheio de Siga/Pare. Paradas inusitadas na beira da estrada. Trechos asfálticos maravilhosos, outros nem tanto. A cidade com seu clima ameno, gostoso. Só de aproximar do município o clima muda. Localizamos o hotel e fomos direto para o almoço "lá varanda", ambiente gostoso, familiar, comida simplesmente gostosa, saborosa. Atendimento primoroso: feito pelos donos. Retorno ao hotel, hospedar, descansar. A noite assistir ao espetáculo "Os cavalheiros da triste figura", do Grupo Boca de Cena. Lindo, maravilhoso. Muitas gargalhadas. Retorno ao hotel, descansar. Manhã do dia seguinte encontro com alunos do I.E.E Wilson Camargo. Meninas e meninos interessados no fazer artístico, na cultura em geral. Bate papo bom, com direito à uma " palhinha" da primeira cena. Sem palavras para descrever a emoção dos adolescentes. A noite espetáculo. Emoções e energia à mil, tudo lindo, perfeito. Muito bom. Fechamento com chave de Ouro. Plateia formada por um público seleto, interessados. Devido ao local da apresentação ser aberto, o público acompanhou todo o aquecimento das atrizes e isso foi muito bom, deu um up no espetáculo. Nem teve o bate papo, mesmo sendo anunciado, o pessoal preferiu tirar fotos e abraçar as atrizes. Confraternização perfeita. Depois desmontar cenário e luz. Embalar e acomodar na Van, retornar ao hotel. Depois conhecer o chopping da cidade. Bate papo com amigos, encontros e reencontros. Mais gargalhadas. Dormir faz bem para a alma e para o espírito. Na manhã teremos que organizar malas e partir para Belém. E vamos que vamos. Agradecimentos especiais, mais uma vez à Márcia, produtora do SESC, pelo cuidado e atenção para conosco. Ao senhor Miracis, o motorista da Van (micro ônibus), o nosso faz tudo, pela doação, dedicação, presteza, não medindo esforços para que tudo esteja a contento. Marcinha e seu Miracis, que Deus continue lhes abençoando e protegendo suas vidas e profisssões. Vou sentir saudades. Obrigada Senhor pela oportunidade de conhecer e conviver com pessoas tão especiais. Firmes e fortes.

Flávia Diniz

Viagem longa, porém, produtiva com conversas de produção e o fazer artístico. Nossa recepção foi ótima! fomos abraçadxs com uma chuva maravilhosa e partindo para o almoço. Nada melhor do que desacelerar depois de muita correria. Músculos tensos.
Fomos presenteadxs com o espetáculo “Os Cavaleiros da triste figura” do grupo Boca de Cena (SE). A estética do trabalho é lindo. Um trabalho que tem muita preparação de ator/atriz. Enfim, um trabalho maravilhoso! Comer algo e retornar ao hotel.
No dia seguinte, fizemos uma visita na escola Wilson Camargo. Uma conversa com os alunos. Um encontro lindo e necessário. Vendo aqueles alunos, me vi em cada um deles, na minha adolescência. Com muita energia. Todos acelerados, ansiosos, empolgados. Mas quando iniciamos a conversa, falando sobre o nosso processo de atriz e do trabalho “As Mulheres do Aluá”, todos encantados, prestando atenção em cada informação. Foi um lindo encontro! se pudesse, ficaria horas conversando com todos. Partindo para o almoço. Após, ir para o hotel descansar. Quando chegamos no espaço onde iríamos apresentar, fiquei surpresa! Uma quadra aberta. Fizemos com a configuração do espetáculo bem intimista. Espaço lotado. Noite de encontros e reencontros. Reencontramos as amigas do grupo Wakanbuki. Depois da desmontagem do espetáculo, saímos para comemorar esses reencontros e encontros. Uma noite de muita conversa sobre nosso ofício. Muita gargalhadas. Já estou com saudade de Vilhena! Lugar agradável! O que nos resta é arrumar as malas e partir para Belém.

Edmar Leite

•Dia 1

Partida cedo, mas nem tanto. Estrada boa, tranquila. Paradas. Leituras. Conversas interessantes. Chegada suave em Vilhena, com uma chuvinha boa pra refrescar. Temperatura amena, tarde de descanso e estudos. Indo prestigiar o Espetáculo: Os Cavaleiros da Triste figura do grupo Boca de Cena! Espetáculo bom; enérgico, teatro de rua, com bases de Comédia Del Arte; fantástico trabalho vocal e corporal; musicalidade forte regional; maestria nos objetos cênicos, máscaras, figurinos e cenário. Eis que Dom Quixote se faz presente mais uma vez em meus caminhos.

•Dia 2

Logo de manhã, Intercâmbio com os alunos do médio 2 da escola Wilson Camargo. Montagem tranquila aos som das maritacas! Mudança de espaço que seria fechado devido à montagem. O Centro do Idoso é um lugar bem interessante para eventos. Cena mais do que aberta. Aquecimento junto ao público, lembrou teatro de rua. Apresentação ótima, enérgica, forte, impactante, público bom por demais! Sempre acho esse formato de 360 melhor e mais poderoso. Reencontro com o Wankabuki! Desmontagem e embalamentos. Despedida de Vilhena. Primeira vez do espetáculo aqui, mas pra mim já é bem a terceira, cidade boa pra fazer teatro! Preparação para alçar novos voos!
Amanara Brandão

Terça-feira, despedida de Jipa logo cedo... Na companhia da produtora Márcia e o motorista Miracis, que nos acompanharam nessa etapa, chegamos à última cidade de Rondônia onde o Palco Giratório levou As Mulheres do Aluá nessa edição. Horas de viagem de Ji-Paraná à Vilhena, perceber a vegetação mudando, de Floresta Amazônica para Cerrado... riqueza! O céu foi fechando e a chuva caiu, baixando a poeira na nossa chegada. À noite tivemos o privilégio de assistir o espetáculo Os Cavaleiros da Triste Figura, do Grupo Boca de Cena-SE, que também estão no circuito.

Quarta-feira, dia de apresentação, e pela manhã fomos à escola I.E.E. Wilson Camargo, ter uma conversa com alunxs do nono ano, adolescentes curiosxs, nas quais me identifico tanto pois foi nessa idade a época que encontrei o Teatro. Na sala lotada de olhares receptivos, Chicão deu início e nós prosseguimos fazendo uma cena e em seguida respondendo aos questionamentos da turma. À noite a apresentação foi uma das melhores nesses quatro anos; no espaço de convivência do idoso, uma área, verdadeiro terreiro, que mais uma vez transformamos em espaço cênico. Como no Teatro de Rua, todo o processo, desde o aquecimento, foi acompanhado pelo público que ia chegando. Senhoras, senhores, adolescentes e nossas amigas do grupo Wankabuki embarcaram conosco e a noite foi mais uma oportunidade de ressignificar nossa arte e valores. Emocionante.

Zaine Diniz


Chegamos ao sul de Rondônia, Vilhena, cidade de ruas largas e aparente calmaria. A viagem até aqui foi tranquila, emoldurada pela paisagem linda desse estado.  A noite tivemos a alegria de ver o trabalho do grupo Boca de Cena, de Sergipe que está também circulando pelo Palco Giratório. Trabalho forte e marcante que ressalta o trabalho exímio de ator - corpo, voz, musicalidade... tudo muito preciso e afinado com a dramaturgia “Cavaleiro da Triste Figura”. No dia seguinte, participamos de um bate papo com alunos do 9º ano do Instituto Wilson Camargo onde pudemos falar sobre nosso trabalho e ouvir chicao Santos que deu uma aula sobre o teatro de Rondônia, e nos bastidores, a ansiedade e desejo dos alunos sobre o fazer teatral. Muito legal esse reconhecimento do nosso fazer na arte. Partimos para a apresentação onde quero destacar a habilidade do nosso encenador chicao Santos em transformar espaços cênicos juntamente com o técnico Edmar Leite que ao contrário de nós atrizes que ficamos a tarde toda no aconchego do hotel, nos preparando para apresentação, eles passam a tarde toda subindo e descendo escadas, montando iluminação, adaptando e transformando os espaços . Eles dão todo esse suporte para que o espetáculo aconteça e que possamos chegar, alongar, aquecer e apresentar. Obrigada meninos!!  E assim aconteceu, com formato que possibilita maior mobilidade das cenas e assim, me joguei e me deixei levar pela energia do público presente e atento. Foi uma troca intensa. Me senti renovada. Como de praxe convidamos para o bate papo que aconteceu em forma de “sessão de fotos” e conversas com cada pessoa que me procurava para falar das impressões sobre o que assistiram e se reconheceram na obra. Enfim, missão cumprida e recebida nesse circuito de RO. Sigamos agora para Belém.

Chicão Santos

18/09, às 8 horas partimos para o Portal da Amazônia, nossa querida Vilhena. Serão aproximadamente 350 km passando por três cidades: Presidente Médici, Cacoal e Pimenta Bueno. A pressa para chegar é para assistir nossos colegas de ofício do Sergipe, Os Cavalheiros da Triste Figura/Boca de Cena. Lá vamos nós por essa BR 364. Chegamos por volta de 13h30 e fomos direto pro “Varanda Restaurante” saborear a culinária do Cone Sul. Ficamos num hotel próximo ao SESC LER. A ansiedade para assistir Os Cavalheiros da Triste Figura aumentava por cada minuto de demorava passar... Uma pausa para fazer a produção (publicação de diário, emissão de notas fiscais e contatos com produtores dos SESCs) e já era hora de ir a quadra do SESC LER assistir os colegas do Sergipe. Chegamos na quadra é a cena já estava pronta e o público chegando para prestigiar essa importante ação do Palco Giratório. Havia na plateia uma romaria de jovens, com faixa de mister e miss, estudantil e da cidade. Coisa que a gente só vê em cidade do interior. Por coincidência sentei numa cadeira ao lado do Palhaço Peteleco, Erique, com uma história familiar de circo linda que começou em Campo Grande e que repousa agora em Vilhena, entre tietagem, fotos e trocas de contatos foi o suficiente para ter início ao espetáculo: Os Calheiros da Triste Figura, do Grupo Boca de Cena, que surgiu em 2005, coincidentemente no mesmo ano do O Imaginário. O espetáculo apresentado cumpriu a sua função e agradou a todos que ali estava. Com dramaturgia aberta e inspirada em Dom Quixote de la Mancha  do escrito espanhol Miguel de Cervantes faz um percurso pelas narrativas dos últimos acontecimentos no país e fincado nas matrizes da cultura popular nordestino, especialmente na música e nos folguedos populares. Um espetáculo tem cuidado em todos os seus detalhes, dramaturgia, figurino, preparação vocal, coreografia e direção. Foi um privilégio assistir esse trabalho dos amigos de Aracajú. No dia 19/09 vamos escola estadual Wilson Camargo para bate-papo com os alunos, sobre teatro/história do teatro e a importância do O Imaginário na cena Amazônica. Numa sala/auditório olhares encantados e almas limpas de jovens estudantes. Conversamos, falamos, perguntamos, respondemos e as mulheres (Zaine, Amanara, Flavia e Agrael) fizeram a passagem do texto... foi encantador. Antes, porém uma conversa com os professores, sobre teatro e de coisas de futura e viva. A arte/teatro ganhando os espaços e também voando/girando por todos os lugares. Foi uma vivencia/experiência fantástica com os alunos e professores. Valeu muito. Dali saímos deixamos a atrizes no hotel e partimos para conhecer o espaço onde iriamos fazer a montagem do espetáculo a ser apresentado à noite. Ao passar pelo portão do Centro do Idoso, avistei um espaço cheio de possibilidades cênicas e falei, pra Marcia e Eunice, nossas produtoras do SESC vai ser ali e se confirmou que seria ali mesmo. Até fomos no Salão que tínhamos a pauta reservada. Voltamos para o hotel/restaurante e as 14 horas partimos para a montagem de luz/cenário. Tudo muito rápido e acompanhado por nossa produtora Marcia e um Funcionário do SESC LER de Vilhena. As atrizes já estavam no espaço e iniciou o aquecimento e o publico foi chegando... lotando o espaço e um movimento frenético da produção local, trazendo cadeiras e mais cadeiras. Recebemos a presença do nosso amigo/pai/professor Cintra, um amigo de longas datas e que foi professor da Geniele/Amanara Brandão. A cena aberta e tudo desmistificado, revelado ao público. É aquecimento das atrizes, agora vamos fazer uma oração para a devida proteção para que possamos realizar uma boa cena para todos vocês. Estivemos no Teatro Palladiun em Belo Horizonte, com capacidade para 2.200 pessoas e hoje estamos aqui, fazendo um teatro vivo, humanizado e com verdades e realidades. Ali naquele espaço demonstramos que o teatro é vivo e pode acontecer em qualquer lugar, basta bons artistas e um público que tenha interesse de celebrar o encontro. E foi assim que aconteceu em Vilhena. Um dia para entrar na história do teatro Brasileiro, Amazônico e Rondoniense. Paragens ao SESC pela promoção do acesso/acessibilidade e de fazer o teatro chegar em todos os lugares. Encerramos nossa circulação pelo Estado de Rondônia com “chave de ouro”. Foi lindo demais! Parabéns ao Presidente do Sistema Fecomercio: Raniery Araújo Coelho, ao Diretor Regional do SESC/RO: Valdyr Fernandes, Marya Braga/Andressa Batista e a todos os Técnicos/Diretores que fazem o SESC. É o SESC fazendo a arte girar neste imenso Palco Giratório RO. Depois dessa circulação por Nova Mamoré, Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Presidente Médici e Vilhena partimos para Belém do Pará... seguimos neste Palco e essas Mulheres do Aluá que gira pelo Brasil.









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